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Q642172 Português

      A integralidade como eixo prioritário de uma política de saúde, ou seja, como meio de concretizar a saúde como uma questão de cidadania, significa compreender sua operacionalização a partir de dois movimentos recíprocos a serem desenvolvidos pelos sujeitos implicados nos processos organizativos em saúde: a superação de obstáculos e a implantação de inovações no cotidiano dos serviços de saúde, nas relações entre os níveis de gestão do SUS e nas relações destes com a sociedade.

      Esses dois movimentos consistem nos principais nexos constituintes da integralidade como meio de concretizar o direito à saúde da população, do qual emerge um conjunto de questões consideradas relevantes para sua apropriação conceitual e prática no campo da saúde coletiva. E essas questões estão diretamente relacionadas, muitas vezes de forma contraditória, com as políticas econômicas e sociais adotadas no País nas últimas décadas. Políticas excludentes, que concentram riqueza e fragilizam a vida social, aumentando de forma drástica e exponencial a demanda da população brasileira por ações e serviços públicos de saúde.

      Se, de um lado, a forma como nosso País se organiza, baseada no capitalismo, tem favorecido inúmeros avanços nas relações de produção, sobretudo no que diz respeito à crescente sofisticação e progresso de tecnologias em diferentes campos, inclusive da saúde, o mesmo não se pode dizer das relações sociais. Estas revelam o sofrimento difuso e crescente das pessoas, as quais são cotidianamente submetidas a padrões de profundas desigualdades, expressos pelo acirramento do individualismo, pelo estímulo à competitividade desenfreada e pela diferenciação negativa de pessoas, com desrespeito às questões de gênero, raça, etnia e idade.

      Na contramão desse processo, temos a Constituição Federal, que, ao criar e estabelecer as diretrizes para o SUS, oferece os elementos básicos para o reordenamento da lógica de organização das ações e serviços de saúde brasileiros, de modo a garantir ao conjunto dos cidadãos as ações necessárias à melhoria das condições de vida da população.

Asensi, Felipe (coord.). Direito sanitário [recurso eletrônico]. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Adaptado. 

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e levando em consideração o primeiro parágrafo do texto e as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos, assinale a alternativa correta.
Alternativas

Comentários

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Não entendi o porquê da "c" estar certa. O pronome “lhe” é usado para substituir o complemento de um verbo transitivo indireto, ou seja, que exige preposição. O verbo compreender é VTD, não pede preposição.

Minha dúvida também foi a mesma, Raísa ! O verbo é VTD não aceita preposição. Confusa com essa questao!

A quem puder: peço indicar para comentário do professor.

grato!

Foi alterado "compreender sua operacionalização" para "compreender-lhe" 

Explicando: Regência Nominal

Pronomes oblíquos átonos             Pronomes Possessivos

Me                                                                 meu(s)/minha(s)

Te                                                                   teu(s)/tua(s)    

Lhe(s)                                                            seu(s)/sua(s)

Nos                                                                nosso(s)

Vos                                                                vosso(s)

o pronome possessivo "sua" não pertence ao verbo "compreender" e sim ao nome "operacionalização. 

 

 

Também não entendi.

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