Com base no estudo dos isótopos radiogênicos de estrôncio, a...
Gabarito comentado
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A alternativa correta é: D - rochas ígneas de derivação continental.
Essa questão está relacionada ao estudo dos isótopos radiogênicos de estrôncio, particularmente as razões entre 87Sr e 86Sr. Esse tipo de análise isotópica é uma ferramenta essencial na Geologia Isotópica, usada para entender processos de formação e evolução da crosta terrestre. A razão 87Sr/86Sr é particularmente útil para diferenciar entre fontes de magma e processos geológicos.
Justificativa para a alternativa correta:
D - rochas ígneas de derivação continental: As rochas ígneas que se formam a partir de materiais crustais, como as de derivação continental, tendem a apresentar razões 87Sr/86Sr mais elevadas. Isso ocorre porque a crosta continental é mais antiga e tem um histórico prolongado de produção de rubídio (Rb), que ao decair gera estrôncio-87 (87Sr). Portanto, quanto mais antigo o material crustal, maior será a razão 87Sr/86Sr.
Justificativas para as alternativas incorretas:
A - meteoritos: Meteoritos geralmente têm razões 87Sr/86Sr baixas, pois são considerados representativos da composição primitiva do Sistema Solar, não passando pelos processos de diferenciação que aumentam essa razão.
B - rochas ígneas de arcos de ilhas: Essas rochas geralmente têm razões 87Sr/86Sr intermediárias, refletindo uma mistura de componentes da crosta oceânica subductante e do manto superior, e não são exclusivamente formadas a partir de materiais crustais antigos.
C - rochas ígneas de arcos de ilhas: Esta alternativa parece ser repetida e possui a mesma justificativa da alternativa anterior, não sendo a correta pelo mesmo motivo.
E - rochas ígneas de cordilheiras mesoceânicas: Rochas formadas em ambientes de cordilheiras mesoceânicas geralmente têm baixas razões 87Sr/86Sr, refletindo a origem a partir do manto superior, que é menos enriquecido em 87Sr.
Entender a razão 87Sr/86Sr e sua variação entre diferentes tipos de rochas é crucial para interpretar os processos geológicos e a história da formação da Terra.
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O estrôncio é um elemento abundante na natureza, representando uma média de 0,034% de todas as rochas ígneas e é encontrado majoritariamente na forma de sulfato (celestita) e carbonato (estroncianita). A similaridade dos raios iônicos do cálcioe estrôncio permitem que este substitua o primeiro nas redes iônicas de suas espécies minerais, o que provoca a grande distribuição do estrôncio. A celestita é encontrada em depósitos sedimentares em quantidade suficiente para que a sua mineração seja rentável, razão pela qual é a principal fonte de estrôncio. Os depósitos de estroncianita economicamente viáveis encontrados até agora são escassos. As principais explorações de minérios de estrôncio são efetuadas na Inglaterra. O metal pode-se extrair por eletrólise do sulfato fundido misturado com cloreto de potássio:
(cátodo) Sr2+ + 2e– → Sr
(ánodo) 2 Cl– → Cl2 (gás) + 2e–
ou por aluminotermia, que é a redução do óxido com alumínio no vácuo, na temperatura de destilação do estrôncio.
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