"A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade ...
"A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, razoavelmente, como a Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito particular."
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991. 2a ed., São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 224.
A respeito dos acontecimentos que se sucedem no contexto histórico pós-segunda guerra mundial, é correto afirmar que:
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Gabarito comentado
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A alternativa correta é a A.
Tema da questão: A questão trata do período da Guerra Fria, que sucedeu a Segunda Guerra Mundial e foi marcado pela disputa de poder entre os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética (URSS). Este contexto histórico é essencial para entender as dinâmicas políticas, militares e econômicas do pós-guerra.
A guerra descrita por Eric Hobsbawm como "Terceira Guerra Mundial" refere-se à Guerra Fria, um conflito de tensões e disputas indiretas, sem confrontos diretos entre as duas superpotências, mas com grande impacto global.
Justificativa da alternativa correta (A):
A alternativa A está correta ao afirmar que o equilíbrio de poder durante a Guerra Fria foi mantido por uma série de fatores, incluindo tratados de cooperação e alianças como a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e o Pacto de Varsóvia. Além disso, a dissuasão nuclear, a corrida armamentista e os conflitos indiretos (guerras por procuração) em várias regiões do mundo foram elementos chave para essa manutenção. Esses aspectos refletem bem a complexidade e as estratégias usadas pelas superpotências para evitar um confronto direto, mas ao mesmo tempo expandir suas influências.
Análise das alternativas incorretas:
B: Embora Japão e China tenham se desenvolvido significativamente no período pós-guerra, essa alternativa erra ao sugerir que esses países contribuíram para o esfacelamento dos blocos. Na verdade, o Japão se alinhou aos EUA, enquanto a China, após 1949, esteve sob influência da URSS até a ruptura sino-soviética.
C: O Plano Marshall foi uma iniciativa dos EUA para a reconstrução da Europa Ocidental e a contenção do comunismo, mas a alternativa simplifica e distorce os fatores envolvidos, focando apenas na reação à União Soviética e ignorando a complexidade da política de contenção e recuperação econômica.
D: A Conferência de Ialta e outros acordos internacionais foram importantes para o equilíbrio de poder, mas não foram os únicos elementos. Esta alternativa negligencia a importância das alianças militares, a corrida armamentista e outras estratégias de dissuasão nuclear que também foram cruciais no período.
E: A adesão a organizações internacionais, como a ONU, foi geralmente vista como um meio de promover a segurança coletiva e a cooperação internacional, não um fator de risco. A alternativa falha ao sugerir que a maioria das nações optou por um contexto isolacionista para evitar a inserção internacional, o que não reflete a realidade do período pós-guerra.
Espero que esta explicação tenha ajudado a compreender melhor o contexto da Guerra Fria e as dinâmicas de poder envolvidas. Se precisar de mais informações ou tiver outras dúvidas, estou à disposição!
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Comentários
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a alternativa sobre o Plano Marshall estaria na parte do “temor de uma nova crise liberal”?
Perguntei ao ChatGPT sobre o Plano Marshall, ainda acho que o gabarito está errado:
O Plano Marshall foi um programa de ajuda econômica dos Estados Unidos para a Europa Ocidental após a Segunda Guerra Mundial. Oficialmente chamado de Programa de Recuperação Europeia, ele foi anunciado pelo Secretário de Estado dos EUA, George C. Marshall, em 1947, e implementado a partir de 1948. O objetivo principal era reconstruir as economias devastadas pela guerra, estabilizar as nações europeias e impedir a expansão do comunismo, especialmente em um momento em que a União Soviética estava estendendo sua influência na Europa Oriental.
O plano ofereceu ajuda financeira, equipamentos, alimentos e outros recursos necessários para a reconstrução e modernização das economias europeias. Através do Plano Marshall, cerca de 13 bilhões de dólares foram investidos em países europeus ao longo de quatro anos, ajudando a reerguer indústrias, infraestruturas e estabilizar moedas.
Além de sua função econômica, o Plano Marshall também teve implicações políticas significativas. Ele fortaleceu os laços entre os EUA e a Europa Ocidental, criou um ambiente propício para a cooperação e integrou a Europa no sistema econômico global liderado pelos EUA. Além disso, foi um dos primeiros passos na formação da União Europeia, promovendo a ideia de uma Europa unida e cooperativa.
Em resumo, o Plano Marshall foi um marco na reconstrução do pós-guerra e teve impactos duradouros na política e economia global.
ACRESCENTANDO AOS COLEGAS:
Otan e Pacto de Varsóvia: a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi criado como uma aliança militar entre os países alinhados aos Estados Unidos, em 1949.
O Pacto de Varsóvia, por sua vez, criado em 1955, visava a garantir a segurança dos países do bloco comunista"
O Pacto de Varsóvia foi uma aliança militar formada em 1955 pela União Soviética e seus aliados do bloco oriental. Criado como uma resposta à OTAN, seu objetivo era consolidar a defesa coletiva e a cooperação militar entre os países socialistas da Europa Oriental.
- Membros: União Soviética, Polônia, Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária e Albânia (que saiu em 1968).
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi criada em 1949 como uma aliança militar entre os Estados Unidos, Canadá e várias nações da Europa Ocidental.
O Pacto de Varsóvia foi uma aliança militar formada em 1955 pela União Soviética e seus aliados do bloco oriental. Criado como uma resposta à OTAN, seu objetivo era consolidar a defesa coletiva e a cooperação militar entre os países socialistas da Europa Oriental.
- Membros: União Soviética, Polônia, Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária e Albânia (que saiu em 1968).
- Propósito: Defender os países membros contra ameaças externas e manter o controle soviético na Europa Oriental.
- Dissolução: O pacto foi dissolvido em 1991, após o colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria.
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi criada em 1949 como uma aliança militar entre os Estados Unidos, Canadá e várias nações da Europa Ocidental.
- Membros Fundadores: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Dinamarca, Islândia e Portugal.
- Propósito: Promover a defesa coletiva contra uma possível agressão da União Soviética e impedir a expansão do comunismo.
- Artigo 5: Um ataque contra um membro é considerado um ataque contra todos, assegurando uma resposta coletiva.
- Blocos Opostos: A OTAN e o Pacto de Varsóvia representavam os dois blocos militares opostos, simbolizando a divisão da Europa e do mundo em áreas de influência americana e soviética.
- Corrida Armamentista: Ambas as alianças estavam envolvidas em uma corrida armamentista, acumulando armas convencionais e nucleares.
- Crises e Conflitos: As alianças desempenharam papéis importantes em várias crises, como a Crise dos Mísseis de Cuba (1962) e as intervenções em países como Hungria (1956) e Tchecoslováquia (1968).
- Détente e Diálogo: Nos anos 1970, houve um período de détente, com acordos de controle de armas e esforços para reduzir as tensões entre as superpotências.
Alternativa A: "Para a manutenção da configuração bipolar e do equilíbrio de poder, foram necessários tratados de cooperação e alianças, como a OTAN e o Pacto de Varsóvia, e outros elementos como a dissuasão nuclear, a corrida armamentista e conflitos indiretos em várias partes do mundo."
- Verdadeira. Esta afirmação está correta. A Guerra Fria foi marcada pelo embate entre dois blocos ideológicos e políticos: o bloco capitalista liderado pelos Estados Unidos e o bloco socialista liderado pela União Soviética. Para manter essa configuração bipolar, foram criadas alianças militares, como a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em 1949 e o Pacto de Varsóvia em 1955. Além disso, a corrida armamentista e a dissuasão nuclear desempenharam papéis importantes para prevenir um confronto direto entre as duas superpotências. Conflitos indiretos, ou "guerras por procuração", ocorreram em diversas partes do mundo, como na Coreia, Vietnã e Afeganistão.
Alternativa B: "Apesar do aspecto bipolar que marcou o cenário da relação de forças na Guerra Fria, nos longos anos desse período, desenvolveram-se potências estatais, como Japão e China, que contribuíram para o esfacelamento dos blocos criados pelos acordos internacionais."
- Falsa. Embora seja verdade que Japão e China se desenvolveram durante a Guerra Fria, essa afirmação está incorreta ao sugerir que esses países contribuíram diretamente para o esfacelamento dos blocos criados pelos acordos internacionais. O Japão, após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se um aliado próximo dos Estados Unidos e uma economia capitalista de destaque dentro do bloco ocidental. A China, por outro lado, inicialmente alinhou-se com a União Soviética, mas, após a ruptura sino-soviética na década de 1960, começou a seguir um caminho mais independente, aproximando-se eventualmente dos Estados Unidos. No entanto, esses desenvolvimentos não causaram um colapso direto dos blocos durante a Guerra Fria.
Alternativa C: "A postura expansionista da União Soviética, aliada ao temor de uma nova crise liberal, provocou nos EUA uma reação defensiva que se materializou no Plano Marshall."
- Verdadeira (?). O Plano Marshall, lançado em 1947, foi uma resposta dos Estados Unidos à expansão da influência soviética na Europa Oriental e ao temor de que as dificuldades econômicas na Europa Ocidental pudessem favorecer a ascensão de movimentos comunistas. O plano visava a recuperação econômica dos países europeus devastados pela guerra, oferecendo ajuda financeira com a intenção de conter a propagação do comunismo e fortalecer economias capitalistas, reforçando assim a aliança ocidental.
[continua...]
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