Paciente feminina, 34 anos, relata que há alguns anos vem a...

Tema Central da Questão:

Esta questão aborda o diagnóstico e o tratamento de um distúrbio esofágico, mais especificamente a acalasia. A acalasia é uma doença do esôfago caracterizada pela dificuldade de relaxamento do esfíncter esofageano inferior, levando a sintomas como disfagia (dificuldade para engolir), regurgitação e perda de peso.

Explicando a Alternativa Correta:

A alternativa correta é B - Esofagomiotomia distal associada a cirurgia antirefluxo. Este procedimento, conhecido como miotomia de Heller, é o tratamento cirúrgico padrão para acalasia. A miotomia envolve cortar o músculo do esfíncter esofageano inferior para permitir que ele relaxe adequadamente. A cirurgia antirefluxo, geralmente uma fundoplicatura parcial, é realizada para prevenir o refluxo gastroesofágico, que pode ocorrer após a miotomia devido à diminuição da pressão no esfíncter.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Toxina botulínica no Esfíncter Esofageano Superior: Esta opção está incorreta, pois o tratamento com toxina botulínica é uma abordagem temporária para acalasia e é aplicada no esfíncter esofageano inferior, não no superior. É indicada em pacientes que não podem ser submetidos a cirurgia.

C - Esofagectomia distal com esôfago gastro anastomose primária: Esta alternativa é incorreta, pois a esofagectomia é um procedimento muito radical para a acalasia, que geralmente não requer remoção do esôfago.

D - Esofagectomia distal com reconstrução por interposição jejunal: Similar à alternativa anterior, esta opção é inadequada para acalasia devido à sua natureza invasiva e a necessidade de reconstrução complexa, que não é necessária no contexto da acalasia.

E - Esofagectomia total com anastomose do esôfago cervical com o jejuno: Esta alternativa também é incorreta, pois a esofagectomia total é um procedimento extremo e desnecessário para tratar a acalasia.

Estratégia para Resolução:

Para resolver questões como esta, é fundamental compreender a patofisiologia dos distúrbios esofágicos, reconhecer os sintomas clínicos e saber as condutas terapêuticas adequadas. A leitura cuidadosa do enunciado, associada ao conhecimento teórico, é essencial para a escolha correta da alternativa.

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A opção mais indicada para essa paciente é a B - Esofagomiotomia distal associada a cirurgia antirrefluxo. O quadro clínico descrito é compatível com a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), que causa uma série de sintomas como a sensação de algo preso na garganta, regurgitação e emagrecimento. O exame de esôfago revelou a dilatação do órgão, indicando uma possível obstrução, e a endoscopia não detectou neoplasias. A esofagomiotomia é uma cirurgia que tem como objetivo relaxar o esfíncter esofágico inferior, melhorando o fluxo de alimentos e líquidos para o estômago, e a cirurgia antirrefluxo tem a função de evitar que o conteúdo do estômago volte para o esôfago, reduzindo os sintomas da DRGE. Sendo assim, a opção B é a mais indicada para o tratamento dessa paciente.