"... uma namorada à nossa espera." Na frase destacada, o si...
Leia o texto, abaixo, e responda a questão que se segue:
Causos/3
Eduardo Galeano, em O Livro dos Abraços.
O que é a verdade? A verdade é uma mentira contada por Fernando Silva. Fernando conta com o corpo inteiro, e não apenas com palavras, e pode se transformar em outra gente ou em bicho voador ou no que for, e faz isso de tal maneira que depois a gente escuta, por exemplo, o sabiá cantando num galho, e a gente pensa: Esse passarinho está imitando Fernando quando imita o sabiá.
Ele conta causos da linda gente do povo, da gente recém-criada, que ainda tem cheiro de barro; e também causos de alguns tipos extravagantes que ele conheceu, como aquele espelheiro que fazia espelhos e se metia neles, se perdia, ou aquele apagador de vulcões que o diabo deixou zarolho, por vingança, cuspindo em seu olho.
Os causos acontecem em lugares onde Fernando esteve: o hotel que abria só para fantasmas, aquela mansão onde as bruxas morreram de chatice ou a casa de Ticuantepe, que era tão sombreada e fresca que a gente sentia vontade de ter, ali, uma namorada à nossa espera.
Além disso, Fernando trabalha como médico. Prefere as ervas aos comprimidos e cura a úlcera com plantas e ovo de pombo; mas prefere ainda a própria mão. Porque ele cura tocando. E contando, que é outra maneira de tocar.
"... uma namorada à nossa espera."
Na frase destacada, o sinal de crase é facultativo. É o que, também, ocorre em:
Comentários
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GABARITO: LETRA D
"... uma namorada à nossa espera." ---> facultativo, pois o uso de artigo diante de pronome possessivo, logo a formação de crase também é facultativa.
A) Fernando tinha ervas sempre à mão. ----> adjunto adverbial de modo com núcleo feminino.
B) Às vezes, é melhor fugir dos fantasmas. ----> locução adverbial de tempo ---> preposição "a" + artigo definido "as" = às.
C) O contador dedicava suas histórias às crianças. ----> quem dedica, dedica alguma coisa (suas histórias) A alguém (as crianças) = às (crase obrigatória).
D) Não contarás essa mentira à tua filha. -----> pronome possessivo "tua", uso de artigo facultativo, logo crase é facultativa.
E) Ele voltava feliz àquela casa assombrada. -----> quem volta, vola A. Aquela + a (preposição) = àquela.
Força, guerreiros(as)!!
Casos facultativos ( Até - Sua - Maria):
-Depois de até.
-Antes de pronome possessivo.
-Antes de nome próprio.
Gab: D
> Será facultativa a crase diante de pronome possessivo feminino.
GABARITO: LETRA D
CASOS FACULTATIVOS DE CRASE:
- Diante de nomes próprios femininos:
Entreguei o cartão a Paula.
Entreguei o cartão à Paula.
- Diante de pronome possessivo feminino:
Cedi o lugar a minha avó.
Cedi o lugar à minha avó.
ATENÇÃO: Quando o pronome possessivo for substantivo (ou seja, aquele que substitui um substantivo) a crase é obrigatória! Ex: enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua.
- Depois da preposição até:
Fui até a praia.
Fui até à praia.
FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR
Gabarito letra "d".
Casos obrigatórios e facultativos de crase:
Casos obrigatórios:
• Locução adverbial feminina (à vista, à noite, à esquerda)
• Expressão masculina ou feminina com o sentido de "à moda de" (gol à Pelé, cabelos à Sansão)
• Locução prepositiva (à vista de, à beira de, à mercê de)
• Locução conjuntiva proporcional (à medida que e à proporção que)
• Para evitar ambiguidade (ama à mãe a filha - a crase indica quem é a pessoa amada)
• Palavras "madame", "senhora" e "senhorita" (enviaremos uma carta à senhorita)
• Palavra "distância", quando ela estiver determinada (o acidente se deu à distância de 100 metros)
Casos facultativos:
• Após a preposição "até" (caminharemos até a/à sala do diretor)
• Pronome possessivo feminino (ninguém fará menção a/à sua citação)
• Substantivo feminino próprio (houve uma homenagem a/à Cecília)
• Palavra "dona" (enviamos a correspondência a/à dona Nádia)
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