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Q1748941 Português

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Sarampo Mata


  As primeiras mortes por sarampo no estado de São Paulo em 22 anos, confirmadas nesta semana, servem como um alerta lúgubre dos perigos dessa doença que voltou a se alastrar no Brasil, a partir de 2018.

  Na quarta-feira (28), soube-se do caso de um homem de 42 anos, que não possuía registro de vacinação e apresentava vulnerabilidade para infecções. Nesta sexta, anunciaram-se os óbitos de dois bebês, na capital e em Barueri, em decorrência da enfermidade.

  Considerado altamente infeccioso, dado que um indivíduo com a doença pode contaminar até 18 pessoas, o sarampo provoca manchas vermelhas na cabeça e no corpo, tosse, dor de cabeça, coriza e conjuntivite.

  De 5% a 10% dos casos evoluem para quadros mais graves, como pneumonia e complicações neurológicas.

  Neste ano, a unidade mais rica da Federação contou 2457 casos da moléstia, dos quais 1637 na capital, e responde pela quase totalidade das infecções confirmadas no país. Outros 12 estados, no entanto, registram surto ativo da doença.

  Esse número tende a crescer, já que é alto o volume de ocorrências ainda sob investigação. O último boletim do Ministério da Saúde apontava 10855 casos suspeitos — e estes são corroborados em cerca de 25% das vezes.

  O ressurgimento do sarampo ocorre após o Brasil ter dado a doença como eliminada em 2016. A causa mais provável é que portadores vindos de fora tenham trazido o vírus ao país. Em 2018, refugiados venezuelanos que buscavam abrigo em estados do Norte e, neste ano, pessoas provenientes de Israel e da Europa, suspeita-se.

  A moléstia, porém, só se disseminou por aqui porque encontrou terreno propício. Como regra, epidemiologistas preconizam que 95% do público-alvo deva ser imunizado para bloquear a transmissão de sarampo. Desde 2016, no entanto, o Brasil não alcança essa marca. Em 2018, a taxa foi de 90,5%.

  Embora não exista um diagnóstico preciso para essa queda, as razões aventadas para tanto incluem desde a dificuldade dos pais em levar os filhos aos postos em horário comercial até a influência de fake news sobre os riscos da vacinação, passando pela falsa sensação de segurança advinda do sucesso na eliminação da doença.

  A preocupação, no entanto, vai além do sarampo. Atualmente, 7 das 8 vacinas recomendadas para bebês apresentam cobertura abaixo da meta. Urge, pois, que os governos de todos os níveis ajam para reverter esse quadro, por exemplo, intensificando campanhas educativas e realizando mutirões.

(Folha de S.Paulo: 31.08.2019. Adaptado)

As expressões destacadas no texto — no entanto (8º parágrafo); Embora (9º parágrafo); pois (último parágrafo) — apresentam as seguintes relações de sentido, respectivamente:
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GABARITO: B (Restrição; concessão; conclusão).

"Desde 2016, no entanto, o Brasil não alcança essa marca. Em 2018, a taxa foi de 90,5%"

➥ Aqui temos uma conjunção adversativa que uma oposição, restrição.

  • Exemplo: "Tentei comprar um carro, no entanto não tinha o dinheiro suficiente". → A falta de dinheiro me restringe de comprar um carro.
  • Na questão: "(...) 95% do público-alvo deva ser imunizado para bloquear a transmissão de sarampo. Desde 2016, no entanto, o Brasil não alcança essa marca. Em 2018, a taxa foi de 90,5%." → Veja que a regra era que 95% do público deveria ser vacinado, mas o Brasil não alcançou a marca, o que a restringiu para 90,5%.

"Embora não exista um diagnóstico preciso para essa queda, as razões incluem (...)"

➥ Temos uma concessiva. Veja que, de um lado, as razões incluem vários motivos para a queda, MESMO QUE, do outro lado, não exista um diagnóstico preciso.

➥ Esse é o papel das concessivas. Elas concedem algo, mesmo não querendo, o que não impede sua realização. Exemplo: "Embora eu não goste de você, comprei um presente"

  • Outras concessivas: Apesar de que, a despeito de que, posto que, mesmo que, malgrado, não obstante etc.

"Urge, pois, que os governos de todos os níveis ajam para reverter esse quadro (...)"

➥ Há, aqui, conclusão. Utilizaremos um macete da nossa colega Simone Santos (PAVÊ x PDVC):

  • PAVÊ → Pois Antes do Verbo é Explicativo (Não posso te levar ao médico, pois estou trabalhando) → Substituível por "porque" e vice-versa.
  • PDVC → Pois Depois do Verbo é Conclusivo. Exemplo da questão: Urgir é verbo e tem como significado "tornar urgente". Como "pois" vem depois dele, ele é conclusivo. Outro exemplo: "Agora que você já chegou, devo, pois, ir embora."

Espero ter ajudado.

Bons estudos! :)

TODA PROVA DA VUNESP VEM CONECTIVO

LEVA PARA VIDA:

EMBORA é concessiva!

Restrição??

tá né...

Dá para acertar por exclusão.

O embora sempre me salva quando fico na dúvida.

Gabarito: B

Lembrem-se:

A VUNESP considera os conectivos de origem adversativa, em alguns casos, como restritivos ou compensativos.

Ex de compensativo: "Chegou tarde, mas trouxe comida." Em compensação de chegar tarde, trouxe comida.

GABARITO B

#TJSP2021

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