Em um paciente com suspeita de peritonite bacteriana espontâ...
Gabarito comentado
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O tema central da questão é o manejo clínico da peritonite bacteriana espontânea (PBE), uma infecção do líquido ascítico, frequentemente associada à cirrose hepática. Para resolver essa questão, é necessário compreender os critérios diagnósticos e o tratamento inicial dessa condição.
A alternativa correta é a B: iniciar cefalosporina de 3a geração. O tratamento padrão para PBE, quando há suspeita clínica e a contagem de polimorfonucleares (PMN) no líquido ascítico é superior a 250/mm³, é a administração de uma cefalosporina de terceira geração, como a cefotaxima. Neste caso, mesmo que o bacterioscópico seja negativo, a presença de PMN = 280/mm³ justifica o início da antibioticoterapia.
Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:
A - Repetir a paracentese em 48 horas. Esta conduta não é indicada imediatamente quando há forte suspeita de PBE e os PMN estão acima de 250/mm³. A prioridade é o início do tratamento antibiótico.
C - Observar e repetir a paracentese caso haja febre ou encefalopatia hepática. A observação pode atrasar o tratamento em uma condição que exige intervenção rápida, devido ao risco de evolução negativa em casos de PBE.
D - Iniciar ceftriaxona e aminoglicosídeo. Embora a ceftriaxona seja uma opção, o uso de aminoglicosídeos não é recomendado devido à toxicidade renal, especialmente em pacientes com função hepática comprometida.
E - Iniciar ceftazidima e metronidazol. Esta combinação não é padrão para PBE. O metronidazol não cobre as bactérias gram-negativas, que são frequentemente responsáveis pela PBE.
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