O Ideal científico de Descartes baseia-se na concepção de qu...

A alternativa correta é a B - Entre o mundo sensível e o mundo inteligível.

Para entender a resposta, precisamos considerar a filosofia de René Descartes, um dos grandes pensadores do século XVII. Descartes é conhecido por sua contribuição para a filosofia moderna, principalmente através de seu dualismo entre mente e corpo, ou entre res cogitans (coisa pensante) e res extensa (coisa extensa).

Essa cisão se refere à divisão entre o mundo físico, constituído por matéria e extensão, e o mundo da mente, que é capaz de pensar e refletir. Basicamente, Descartes distingue entre o mundo das experiências sensoriais (mundo sensível) e o mundo da razão e do pensamento (mundo inteligível), alinhando-se à tradição platônica que também fazia essa distinção.

Vamos agora analisar as alternativas incorretas:

A - Da ciência e da crítica da razão pura.

Esta alternativa não está correta porque a "crítica da razão pura" é, na verdade, uma referência ao trabalho de Immanuel Kant, que veio muito depois de Descartes e não faz parte do escopo dos conceitos cartesianos.

C - Entre a visão teleológica e a visão hermenêutica do mundo.

A teleologia está relacionada à finalidade ou propósito, enquanto a hermenêutica se refere à interpretação. Descartes não se concentra em uma divisão entre esses conceitos em suas obras filosóficas, tornando esta alternativa incorreta.

D - Entre a essência metafísica e a transcendência da ciência para a filosofia.

Embora Descartes tenha trabalhado na interface entre ciência e filosofia, ele não formulou uma cisão específica entre essência metafísica e transcendência da ciência. Sua abordagem é mais sobre a separação entre o pensamento (mente) e o mundo físico (corpo).

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Descartes estabelece que existem duas substância a res cogitans (coisa pensante/sujeito) e a res extensa (coisa extensa/objeto/mundo material). Estabelecer que há um dualismo entre sujeito (mente) e mundo material, já é por si uma interpretação da filosofia cartesiana. Agora admitir que essa hipotética divisão é entre "mundo sensível" e "mundo inteligível" é equivocado demais, na minha opinião.

isso não seria Platão?