Conhecimento e verdade são dois conceitos diferentes. Mas t...

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Q2113788 Filosofia
Conhecimento e verdade são dois conceitos diferentes. Mas também são solidários. Nenhum conhecimento é a verdade; mas um conhecimento que não fosse nada verdadeiro não seria um conhecimento (seria um delírio, um erro, uma ilusão...). Nenhum conhecimento é absoluto; mas só é um conhecimento – e não simplesmente uma crença ou uma opinião – pela parte de absoluto que comporta ou autoriza. Seja, por exemplo, o movimento da Terra em torno do Sol. Ninguém pode conhecê-lo absolutamente, totalmente, perfeitamente. Mas sabemos que esse movimento existe e que se trata de um movimento de translação. As teorias de Copérnico e de Newton, por mais relativas que sejam (já que são teorias), são mais verdadeiras e mais seguras – logo, mais absolutas – do que as de Hiparco ou de Ptolomeu. [Dizer que] todo conhecimento é relativo não significa que todos os conhecimentos se equivalem. O progresso de Newton e Einstein é tão inconteste quanto o que vai de Ptolomeu a Newton.
(COMTE – SPONVILLE, André. Apresentação da Filosofia. São Paulo: Martins Fontes. 2002. P. 57-64.)
Não podemos confundir conhecimento com ciência, nem reduzir aquele a esta. Essa é uma das razões para estarmos sempre em busca do conhecer. Vários filósofos, ao longo do tempo, se debruçaram no problema do conhecimento e várias correntes, pensadores e tipos de conhecimentos são identificados, dentre os quais podemos apontar:
Alternativas

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A alternativa correta da questão é a D.

Vamos entender por que essa é a resposta certa e analisar as outras opções.

Alternativa D - Idealismo (Immanuel Kant): O idealismo é uma teoria filosófica que sugere que a realidade é, de alguma maneira, dependente da mente. Um dos expoentes deste pensamento é Immanuel Kant. Kant argumentava que o conhecimento humano não pode alcançar a "coisa em si" (a realidade em sua essência), mas apenas as representações que nossa mente constrói com base no que percebemos. Dessa forma, conhecemos as representações do mundo e não o mundo em si. Isso alinha-se ao que a alternativa descreve.

Vamos agora analisar as alternativas incorretas:

Alternativa A - Racionalismo (Parmênides): O racionalismo é, de fato, uma corrente filosófica que coloca a razão como a principal fonte do conhecimento. No entanto, é equivocado citar Parmênides como seu representante máximo. Parmênides é uma figura importante na filosofia pré-socrática, mas o racionalismo é mais comumente associado a filósofos como René Descartes.

Alternativa B - Ceticismo (Espinoza): O ceticismo é a filosofia que questiona a possibilidade de se obter conhecimento verdadeiro. Embora Espinoza tenha contribuído para a filosofia, ele não é conhecido como defensor do ceticismo. Em vez disso, Espinoza é mais associado ao panteísmo e à ética racionalista. Os céticos clássicos, como Pirro de Élis, são mais representativos dessa escola.

Alternativa C - Empirismo (Hegel): Essa alternativa está incorreta ao associar Hegel ao empirismo. O empirismo é uma corrente que valoriza a experiência sensorial como origem do conhecimento, com representantes como John Locke e David Hume. Hegel, por sua vez, é mais conhecido por sua filosofia idealista e dialética.

Espero que esta explicação tenha ajudado a esclarecer a questão. Conhecer as características principais de cada escola filosófica e os filósofos que as representam é essencial para abordar este tipo de pergunta em concursos.

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Comentários

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D) O idealismo, que tem entre um de seus expoentes Immanuel Kant, preconiza que o que se pode conhecer são as representações da coisa em si no mundo.

Immanuel Kant, no contexto do idealismo transcendental, defende que nosso conhecimento é limitado às representações que formamos do mundo, ou seja, aos fenômenos. A “coisa em si” (noumeno), que é a realidade em sua essência, é inacessível ao conhecimento humano. O que conhecemos, portanto, são apenas as aparências que passam pelo filtro das estruturas da mente (tempo, espaço e categorias do entendimento).

As outras alternativas são incorretas porque:

• A) Parmênides não é representante do racionalismo; esse título cabe mais a filósofos como Descartes.

• B) Espinoza não é um defensor do ceticismo; ele é mais associado ao racionalismo.

• C) Hegel não é um representante do empirismo; esse é um papel mais atribuído a filósofos como John Locke e David Hume. Hegel é conhecido por seu idealismo absoluto.

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