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Q2161500
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Democracia fraca afeta o PIB
Uma pesquisa sobre o desenvolvimento de mais de
160 países com realidades políticas variadas, no período de 1960 a 2018, comparou o desempenho de regimes
democráticos com aqueles nos quais a democracia é parcial, incompleta ou, em uma palavra, instável. A conclusão
foi inequívoca: no longo prazo, o Produto Interno Bruto (PIB)
per capita das chamadas democracias defeituosas, iliberais
ou híbridas cresceu cerca de 20% menos do que em regimes democráticos estáveis. A democracia é fator de avanço
econômico.
Os autores do estudo são economistas vinculados a instituições europeias: Nauro Campos, da Universidade College
London; Fabrizio Coricelli, da Paris School of Economics; e
Marco Frigerio, da Universidade de Siena. Segundo eles,
uma das consequências negativas da instabilidade democrática é a prevalência de visões de curto prazo. “A instabilidade
induz a comportamento míope com o objetivo de obter rendas no curto prazo e desconsiderar os efeitos a longo prazo”,
diz o texto. Uma revisão bibliográfica apontou que essa visão
curto-prazista típica de regimes instáveis acaba diminuindo
investimentos no setor produtivo.
A democracia, segundo outro pesquisador citado no
estudo, aumenta as chances de reformas econômicas e de
ampliação das matrículas na educação básica. Segundo o
professor Nauro Campos, em entrevista ao jornal O Globo,
democracias frágeis e debilitadas prejudicam a execução de
políticas públicas. Um exemplo disso é a nomeação de pessoas despreparadas para órgãos técnicos que prestam serviços à população. Esse tipo de problema, afirmou Campos,
faz cair a confiança nas instituições.
O regime democrático prevê direitos civis, sociais, políticos e de propriedade. Capaz de solucionar pacificamente
conflitos por meio da política, em vez da guerra, a democracia é chave também para o crescimento econômico.
(Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 26.01.2023.Adaptado)
Ao trazer informações dos estudos sobre mais de 160 países, o editorial deixa claro que o PIB de uma nação