A lesão por pressão (LPP) é um dano na pele e/ou tecidos su...

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Ano: 2024 Banca: FURB Órgão: FURB - SC Prova: FURB - 2024 - FURB - SC - Enfermeiro |

Q2469426 Enfermagem

A lesão por pressão (LPP) é um dano na pele e/ou tecidos subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato, em resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento (SOBEST, 2017). Ocorrem quando uma pressão aplicada à pele é superior à pressão capilar normal, levando à oclusão do vaso com redução da irrigação sanguínea, anóxia, formação do processo inflamatório e morte celular (Borges EL, Fernandes FP. 2014). As LPP são um indicador da qualidade dos cuidados e também um problema de saúde pública que acarreta sofrimento e diminuição da qualidade de vida das pessoas e seus cuidadores. Há estudos que relatam que as LPP são evitáveis, no entanto, as elevadas taxas de incidência e prevalência, mesmo em países desenvolvidos, mantem-se, sugerindo uma lacuna entre o conhecimento científico e a aplicação clínica do conhecimento. São principalmente causadas pela carga mecânica prolongada nos tecidos moles do corpo, os efeitos na microcirculação, a sua relação entre as forças externas aplicadas à pele e a resistência desta. A fisiopatologia descreve quatro mecanismos sobre os tecidos moles em resposta à carga mecânica: isquemia localizada, fluxo prejudicado do fluido intersticial e drenagem linfática, lesão de reperfusão e deformação celular persistente (Afonso C.; Azevedo GAM., Alves P, 2014). Isso posto, quanto à classificação da lesão por pressão, associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona o estágio com sua ocorrência:

Primeira coluna: estágio
(1) Estágio 1 - Pele íntegra.
(2) Estágio 2 - Perda da pele em sua espessura parcial.
(3) Estágio 3 - Perda da pele em sua espessura total.
(4) Estágio 4 - Perda da pele em sua espessura total e perda tissular.
(5) Não classificável ou não estadiável.
(6) Lesão por Pressão Tissular Profunda.

Segunda coluna: ocorrência
(__)Dano não pode ser confirmado porque está encoberto por tecido desvitalizado (amarelo, acastanhado, cinzento, verde ou castanho) ou necrótico (amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da ferida. Escara estável (isto é, seca, aderente, sem eritema ou flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida.
(__)Leito com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso, tornando possível a osteomielite. Tecido desvitalizado (úmido) ou necrose (seco), epíbole, deslocamentos e túneis podem estar presentes.
(__)Leito de coloração rosa ou vermelha, sem tecido desvitalizado. Úmido. Pode apresentar-se em bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou rompida. A equimose é um indicador de suspeita de lesão nos tecidos profundos.
(__)Eritema não branqueável ao toque digital. Em pele de pigmentação escura, a sua cor pode ser diferente à área circundante. Pode ser mais dolorido, intumescimento/amolecimento, quente/frio que o tecido adjacente.
(__)Pele íntegra ou não, com área de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica de leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. A descoloração pode apresentar-se diferente em pessoas com pele de tonalidade mais escura.
(__)Tecido adiposo visível, granulação, epíbole (lesão com bordas enroladas). Pode haver tecido desvitalizado, descolamento, túneis.

Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas:

3 − 5 − 4 − 1 − 6 − 2.

6 − 2 − 4 − 1 − 3 − 5.

1 − 4 − 3 − 2 − 5 − 6.

4 − 6 − 3 − 5 − 2 − 1.

5 − 4 − 2 − 1 − 6 − 3.

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Olá, aluno! Vamos entender juntos a questão e suas alternativas. Primeiramente, a alternativa correta é a letra E. Agora, vamos analisar por que essa alternativa está correta e as outras não.

Alternativa E - Correta:

A alternativa E apresenta a seguinte associação:

(5) Não classificável ou não estadiável
(4) Leito com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso
(2) Leito de coloração rosa ou vermelha, sem tecido desvitalizado
(1) Eritema não branqueável ao toque digital
(6) Pele íntegra ou não, com área de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura
(3) Tecido adiposo visível, granulação, epíbole (lesão com bordas enroladas)

Vamos entender cada estágio e sua respectiva descrição:

(5) Não classificável ou não estadiável: O dano não pode ser confirmado porque está encoberto por tecido desvitalizado ou necrótico. É uma descrição clássica do estágio não classificável.

(4) Estágio 4 : Perda de pele em sua espessura total com exposição direta de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Pode levar à osteomielite.

(2) Estágio 2 : Perda parcial da espessura da pele, leito de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode apresentar-se em bolha intacta ou rompida.

(1) Estágio 1 : Eritema não branqueável ao toque digital. Importante observar a diferença na coloração em peles de pigmentação escura.

(6) Lesão por Pressão Tissular Profunda : Pele íntegra ou não, com área de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura. Pode haver separação epidérmica.

(3) Estágio 3 : Perda total da espessura da pele, tecido adiposo visível e pode haver granulação, epíbole e descolamento.

Alternativas Incorretas:

Alternativa A:

(3 - 5 - 4 - 1 - 6 - 2) - A ordem não condiz com as descrições dos estágios. Por exemplo, 3 propõe perda total da espessura da pele, mas o descrito é para não classificável.

Alternativa B:

(6 - 2 - 4 - 1 - 3 - 5) - A associação de 6 com lesão por pressão tissular profunda está incorreta na descrição e ordem dos estágios.

Alternativa C:

(1 - 4 - 3 - 2 - 5 - 6) - Não condiz com a sequência correta dos estágios, por exemplo, 1 corresponde ao eritema não branqueável e não à ordem proposta.

Alternativa D:

(4 - 6 - 3 - 5 - 2 - 1) - A ordem e descrições não estão alinhadas com os estágios de lesão por pressão, como 4 com perda de espessura total e tissular, mas não na sequência correta.

As lesões por pressão são um importante indicador da qualidade dos cuidados prestados, e é fundamental associar corretamente os estágios para efetuar um diagnóstico e tratamento eficazes.

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A questão apresentada envolve a classificação das lesões por pressão (LPP), que são danos à pele e tecidos subjacentes ocasionados por pressão prolongada, muitas vezes sobre uma proeminência óssea. Essas lesões são classificadas em estágios que refletem a gravidade do dano tecidual. A alternativa correta, a letra E, apresenta a associação correta entre os estágios das LPP e as descrições dos danos teciduais que os caracterizam. Vamos às associações corretas da alternativa E: - Estágio 5 (Não classificável ou não estadiável): A descrição corresponde a uma lesão encoberta por tecido desvitalizado ou necrótico, não permitindo a confirmação do dano, o que caracteriza o estágio 5. - Estágio 4: Há perda total da espessura da pele e tecido, com exposição de estruturas profundas como músculos, tendões ou ossos, o que condiz com a descrição de tecidos profundos visíveis. - Estágio 2: Refere-se a uma perda parcial da espessura da pele, que pode se apresentar como uma bolha ou uma área vermelha sem tecido desvitalizado, correspondendo à descrição fornecida. - Estágio 1: Caracteriza-se por pele íntegra com eritema não branqueável, concordando com a descrição de uma área mais dolorida ou com mudança de temperatura, sem perda de pele. - Estágio 6 (Lesão por Pressão Tissular Profunda): Descreve uma área de descoloração profunda que não embranquece, o que se alinha com a descrição dada de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura. - Estágio 3: Caracteriza-se pela perda total da espessura da pele com a exposição do tecido adiposo, mas sem exposição de estruturas mais profundas como músculos ou ossos, correspondendo à descrição de tecido adiposo visível e possível presença de tecido desvitalizado. Esta classificação é essencial para o diagnóstico correto e para o planejamento do tratamento adequado das LPP, sendo fundamental para profissionais da saúde que trabalham com pacientes acamados ou com mobilidade reduzida. A precisão na classificação influencia diretamente a qualidade dos cuidados e a recuperação do paciente.

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