Fixava, ainda, normas para outros procedimentos, como teleci...
As questões de 1 a 10 referem-se ao texto reproduzido a seguir.
Futuro a distância
A aura de sacralidade que envolve o corpo humano e, por extensão, a prática médica enfrenta seguidos desafios postos por inovações técnicas, como a telemedicina, hoje, ou a reprodução assistida, no passado. A inquietação daí surgida justifica prolongar o debate, mas não afastar indefinidamente futuros aperfeiçoamentos.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) baixara resolução, para entrar em vigor em maio, regulamentando o atendimento a distância. Foram tantas as reações contrárias e de questionamento que a norma foi revogada, pois não haveria tempo hábil para processar todas as objeções e sugestões.
Mas muito do que se regulamentava ali já existe como praxe de mercado, caso de consultas remotas.
Embora exame físico e anamnese presencial constituam os fundamentos básicos da relação entre médico e paciente, existem casos em que são dispensáveis (como na entrega de resultados de testes laboratoriais) ou ficam impossibilitadas pela distância.
A resolução do CFM estipulava regras para esse tipo de encontro, como ser necessariamente precedido por um contato pessoal, contar com autorização do paciente e ficar gravado em meio digital. Fixava, ainda, normas para outros procedimentos, como telecirurgias.
Algumas questões levantadas fazem sentido, como a obrigatoriedade de gravação da teleconsulta. Se não se exige tal coisa em encontros presenciais, por que fazê-lo quando se recorre a meios tecnológicos?
Abre-se flanco considerável para deslizes de privacidade e se reforça o preconceito retrógrado contra a modalidade inovadora.
Por detrás da aparente preocupação com a qualidade do atendimento, está a suspeita, oculta-se o zelo corporativo que tantas vezes resiste ao aumento de produtividade. Não há mal algum em banalizar (no bom sentido da palavra) a telemedicina, se isso não acarretar prejuízo ao doente.
Não são raras as consultas, hoje em dia, em que o médico dispensa uma conversa atenta e a interação física com pacientes em favor da realização de exames laboratoriais ou de imagem. Identifica-se algo de tecnocrático e desumanizador nesse tipo de relacionamento, com alguma dose de razão.
Admitindo que seja necessário combater tal tendência, a melhor maneira de fazê-lo seria rever o tipo de formação oferecida nas faculdades de medicina, como já se faz em alguns estabelecimentos. Não será com obstáculos à tecnologia, quando ela se provar mais útil e barata, que se reduzirá o distanciamento entre médicos e pacientes.
Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. Acesso em: 08 mar. 2019.
Fixava, ainda, normas para outros procedimentos, como telecirurgias. (l.15)
Sobre a pontuação desse período, considerando-se as relações sintático-semânticas da língua portuguesa o sentido permanecerá inalterado se
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Vamos analisar a questão sobre a pontuação no trecho: "Fixava, ainda, normas para outros procedimentos, como telecirurgias". A questão pede para identificar uma alternativa em que o sentido do texto permanece inalterado ao alterar a pontuação.
A alternativa correta é a letra C: forem retiradas as vírgulas que demarcam a palavra “ainda”.
Vamos entender por quê:
Explicação sobre a alternativa correta (C):
Na frase original, as vírgulas em torno de "ainda" servem para dar um certo destaque ou pausa ao termo. No entanto, elas não são essenciais para o entendimento do sentido da frase. Ao retirar as vírgulas, a frase continua clara e mantém o mesmo significado: "Fixava ainda normas para outros procedimentos, como telecirurgias."
Análise das alternativas incorretas:
A - For colocado um ponto após a palavra “ainda”. Aqui, a frase se tornaria "Fixava, ainda. Normas para outros procedimentos, como telecirurgias." Essa alteração fragmenta a oração, alterando o sentido original ao criar uma pausa desnecessária e sem clareza.
B - For retirada a vírgula após a palavra “ainda”. No caso, a frase "Fixava, ainda normas para outros procedimentos, como telecirurgias." se tornaria estranha, pois a vírgula anterior deixaria "ainda normas" como uma expressão contínua que não faz sentido isoladamente dentro do contexto.
D - For colocado um ponto antes da palavra “ainda”. Ao escrever "Fixava. Ainda normas para outros procedimentos, como telecirurgias.", assim como na alternativa A, cria-se duas orações independentes que comprometem o fluxo e a clareza da ideia original.
Conclusão: Retirar as vírgulas em torno de "ainda" mantém a essência da frase intacta, enquanto as outras alterações propostas nas alternativas A, B e D quebram a estrutura ou o sentido da oração original.
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