“Ciência dos homens”, dissemos. É ainda vago demais. É prec...

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Q1957443 História

“Ciência dos homens”, dissemos. É ainda vago demais. É preciso acrescentar: “dos homens, no tempo”. O historiador não apenas pensa “humano”. A atmosfera em seu pensamento respira naturalmente é a categoria da duração. Decerto, dificilmente imagina-se que uma ciência, qualquer que seja, possa abstrair do tempo. Entretanto, para muitas dentre elas, que, por convenção, o desintegram em fragmentos artificialmente homogêneos, ele representa apenas uma medida. Realidade concreta e viva submetida à irreversibilidade de seu impulso, o tempo da história, ao contrário, é o próprio plasma em que se engastam os fenômenos e como o lugar de sua inteligibilidade.

(BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro. Ed. Jorge Zahar, 2001, p. 55.)


A Escola dos Annales revolucionou a escrita da História com outros olhares na construção de um método histórico que respondesse às questões da sociedade do presente. Para isso, teve que rever todas as categorias de análise do historiador em comparação ao método do século XIX. No trecho acima, Bloch refere-se ao (à):

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