Paciente adulto pós traumatismo cranioencefálico evoluiu com...
Gabarito comentado
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A alternativa correta é D.
O tema central da questão é a conduta fonoaudiológica em um paciente adulto que sofreu um traumatismo cranioencefálico, foi submetido à intubação orotraqueal prolongada e, atualmente, se encontra com traqueostomia na unidade de terapia intensiva (UTI). Este tipo de situação exige um conhecimento profundo sobre o manejo da deglutição e a intervenção fonoaudiológica em ambiente hospitalar.
A alternativa D está correta porque descreve uma conduta fonoaudiológica adequada para o caso apresentado. Esta alternativa sugere a aspiração traqueal, seguida de fonoterapia indireta com estímulos sensório-motor oral e tátil térmico gustativo, que visam melhorar a sensibilidade e aumentar a frequência de deglutição de saliva. Essas intervenções são essenciais para pacientes com traqueostomia, uma vez que ajudam na reabilitação da musculatura orofacial e na melhora da deglutição, além de prevenir complicações como broncoaspiração.
Vamos analisar as alternativas incorretas:
A - Manter o cuff insuflado e aguardar a alta do paciente da unidade de terapia intensiva, realizando o acompanhamento fonoaudiólogo apenas na enfermaria.
Essa alternativa está incorreta porque o acompanhamento fonoaudiológico deve ser iniciado o mais breve possível, mesmo na UTI, para prevenir complicações e favorecer a reabilitação precoce do paciente. Aguardar a alta para iniciar o acompanhamento pode atrasar o processo de reabilitação.
B - Manter o cuff insuflado e liberar dieta pastosa por via oral, uma vez que o cuff insuflado favorece o desempenho da fase faríngea da deglutição.
Essa alternativa está incorreta porque o cuff insuflado não garante que o paciente esteja apto a deglutir de maneira segura. Além disso, liberar dieta por via oral sem uma devida avaliação pode aumentar o risco de broncoaspiração, especialmente em um paciente com comprometimento neurológico.
C - Manter o cuff desinsuflado e realizar fonoterapia direta com utilização de exercícios miofuncionais de força e mobilidade de lábios, língua e bochechas e oferta de dieta por via oral.
Essa alternativa está incorreta porque realizar a oferta de dieta por via oral sem uma avaliação detalhada pode ser perigoso. A fonoterapia direta é importante, mas deve ser realizada com cautela e após garantir que o paciente está seguro para deglutir, o que geralmente é precedido por fonoterapia indireta e avaliações específicas.
Portanto, a alternativa D é a mais apropriada, pois propõe uma intervenção segura e baseada em práticas fonoaudiológicas eficazes para esse tipo de paciente.
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