De acordo com a primeira estrofe do poema, o medo do marci...
O marciano encontrou-me na rua e teve medo de minha impossibilidade humana. Como pode existir, pensou consigo, um ser que no existir põe tamanha anulação de existência?
Afastou-se o marciano, e persegui-o. Precisava dele como de um testemunho. Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado de problemas.
E fiquei só em mim, de mim ausente.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Science fiction. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p. 330-331.
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(B) as contradições existenciais do homem não lhe fazem sentido.
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No trecho: Como pode existir, pensou consigo, um ser que no existir põe tamanha anulação de existência?
Há uma contradição da existência do homem para o marciano... Porque o homem existe, porém ele (o homem) anula essa existência. Não é a aparência do homem com consigo mesmo que o apavora, mas sim, as contradições existenciais do homem que não lhe faz sentido!
Concordo com a KeciaCarol e com o Mozart. A questão é de interpretação de texto em uma prova de resposta objetiva, não há que se levar a resolução para o subjetivismo, pois, fatalmente incorrerá em erro marcando outra questão. É muito claro que o trecho "Como pode existir...um ser que no existir põe tamanha anulação de existência? (grifo nosso) trata de uma crise existencial. É importante que os colegas entendam que o texto pode ser subjetivo, mas as questões nunca são subjetivas, pois isso ensejaria recurso.
"Como pode existir, pensou consigo, um ser que no existir põe tamanha anulação de existência?"
Esta indagação retrata conflitos existenciais do homem, causando o medo do marciano.
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