As infecções da região orbitária são sempre muito preocupant...

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Q1845818 Odontologia
As infecções da região orbitária são sempre muito preocupantes para o cirurgião bucomaxilofacial devido à possibilidade de evolução grave. Estas infecções podem ser classificadas em 5 estágios, determinando seu grau de gravidade.
Assinale a opção que descreve corretamente o quinto e último estágio.
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Para resolver a questão sobre infecções da região orbitária e seus estágios, é fundamental entender a classificação desses estágios e a gravidade progressiva associada a cada um deles. O foco é saber identificar corretamente o quinto e último estágio da infecção orbitária, associada a complicações graves.

Alternativa correta: C - Disseminação retrorbital para dentro do seio cavernoso ou encéfalo.

Esta alternativa descreve o quinto e último estágio, o qual é o mais grave, pois envolve a disseminação da infecção para áreas críticas, como o seio cavernoso ou o encéfalo. Essa condição é extremamente séria devido ao risco de complicações intracranianas que podem ser potencialmente fatais. O reconhecimento deste estágio é crucial para o tratamento e manejo adequados.

Por que as outras alternativas estão incorretas?

  • A - Celulite orbital pré-septal com proptose ocular: Este se refere a um estágio anterior e menos grave da infecção orbitária, que ainda não avançou além do septo.
  • B - Celulite orbital com proptose ocular e envolvimento no nervo óptico: Apesar de ser grave, não descreve o último estágio, pois ainda não menciona a disseminação para o sistema nervoso central.
  • D - Celulite orbital com distopia ocular e envolvimento do nervo óptico: Semelhante à alternativa B, descreve um estágio grave, mas não representa a disseminação para o encéfalo ou seio cavernoso.
  • E - Disseminação retrorbital com envolvimento do nervo óptico e da artéria central da retina: Embora indique uma condição séria, não descreve a progressão para a região intracraniana como a alternativa C.

Compreender a progressão dos estágios de infecção orbitária é essencial para identificar corretamente as suas manifestações clínicas e potenciais complicações. O último estágio sempre implica em complicações intracranianas, o que torna a alternativa C a escolha correta.

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Cinco estágios classificam bem este tipo de acometimento patológico:

Estágio 1: celulite pré-septal, é a infecção confinada às pálpebras e ao tecido mole periocular, anterior ao septo orbital. A órbita pode mostrar-se inflamada secundariamente, mas não é diretamente infectada.

Estágio 2: celulite orbital com proptose em que são encontradas limitações nos movimentos e possível comprometimento do nervo óptico. Estágio 3 abscesso subperióstico.

Estágio 4: celulite orbital com um verdadeiro abscesso orbital dentro da gordura orbital

Estágio 5: disseminação retro-orbital para dentro do seio cavernoso.

O exame físico demonstra proptose junto a edema periorbitário, que é também eritematoso, restrição da motricidade e dor à tentativa de movimento ocular. Comumente, há leucocitose e febre. Com o aumento da pressão na cavidade orbitária, a função do nervo óptico pode deteriorarse rapidamente, causando déficit visual. Além da anamnese e do exame físico, exames de imagem se fazem fundamentais para uma ideal localização e delimitação loco-regional do processo infeccioso, permitindo não só a classificação como o estadiamento da evolução do quadro clínico. Assim, tanto a tomografia computadorizada e/ou a ressonância nuclear magnética (RNM) devem ser utilizadas para uma acurada avaliação.

Havendo a hipótese de celulite orbitária de origem bacteriana, tratamento imediato com antibioticoterapia endovenosa deve ser instituído, a fim de se evitar a progressão da infecção e complicações neurológicas, potencialmente letais. Em geral, utilizam-se antibióticos de largo espectro.

A) Celulite orbital pré septal com proptose ocular. ESTÁGIO 1

B) Celulite orbital com proptose ocular e envolvimento no nervo óptico. ESTAGIO 2

C) Disseminação retrorbital para dentro do seio cavernoso ou encéfalo. ESTAGIO 5

D) Celulite orbital com distopia ocular e envolvimento do nervo óptico. ESTAGIO 3

E) Disseminação retrorbital com envolvimento do nervo óptico e da artéria central da retina. ESTAGIO 4

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