[...] Por isso, se não já um Estado controlando e reprimindo...

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Q3128347 Filosofia
[...] Por isso, se não já um Estado controlando e reprimindo, fazer a guerra contra os outros é a atitude mais racional que eu posso adotar (é preciso enfatizar esse ponto, para ninguém pensar que o “homem lobo do homem”, em guerra contra todos, é um anormal; suas ações e cálculos são os únicos racionais, no estado de natureza) […] O que Hobbes pede é um exame de consciência: “conhece-te a ti mesmo”. Estamos carregados de preconceitos, acha Hobbes, que vêm basicamente de Aristóteles e da filosofia escolástica medieval. Mas o mito de que o homem é sociável por natureza nos impede de identificar onde está o conflito, e de contê-lo. A política só será uma ciência se soubermos como o homem é de fato, e não na ilusão; e só com a ciência política será possível construirmos Estados que sustentem, em vez de tornarem permanente a guerra civil.
(WEFFORT, 2001, p. 55-58.)

Thomas Hobbes, um filósofo, teórico político e matemático inglês, foi considerado um dos principais expoentes do pensamento contratualista na filosofia política. Segundo esse filósofo:
Alternativas

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Alternativa Correta: A

A questão aborda a filosofia política de Thomas Hobbes, particularmente sua visão sobre a natureza humana e a necessidade de um Estado forte para evitar o caos e a desordem. Hobbes é conhecido por sua teoria de que, no estado de natureza, os homens vivem em uma condição de guerra de todos contra todos, sendo necessário um contrato social para garantir a paz e a segurança.

Hobbes argumenta que, sem um Estado absoluto, os seres humanos estão em constante perigo de conflitos e destruição mútua. Por isso, ele defende que o Estado deve possuir poder absoluto para impor a ordem e a obediência, evitando assim a barbárie. Essa ideia é refletida na alternativa A, que menciona um Estado absoluto e forte como meio de evitar a barbárie.

Por que as outras alternativas estão incorretas?

Alternativa B: Esta opção fala sobre liberdade e igualdade nos moldes da Revolução Francesa, que é mais associada ao pensamento de filósofos como Rousseau e não Hobbes. Hobbes não foca na liberdade e igualdade individuais, mas na segurança e ordem proporcionadas por um Estado forte.

Alternativa C: Esta alternativa sugere uma inversão de proteção, colocando os súditos como protetores do rei, o que não é coerente com a teoria de Hobbes. Ele defendia que o poder deve estar nas mãos de um soberano que proteja seus súditos, e não o contrário.

Alternativa D: Esta opção menciona a participação do homem em seu destino sob a vontade de Deus, o que se alinha mais a visões teológicas e menos à perspectiva política secularista de Hobbes, que se concentrou na natureza humana e no contratualismo.

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O contratualismo de Thomas Hobbes (1588-1679) é a ideia de que o estado civil é o resultado de um contrato social, ou seja, de um acordo entre os indivíduos para sair do estado de natureza: 

  • O estado de natureza é uma condição de conflito constante, onde os seres humanos lutam entre si pela sobrevivência.
  • O contrato social é necessário para garantir a paz e a segurança.
  • O governo deve ser centralizado e absoluto, com poderes ilimitados para evitar o retorno ao estado de natureza.
  • A submissão total ao governante é essencial para manter a ordem.

Hobbes é considerado um dos principais filósofos contratualistas modernos, juntamente com John Locke e Jean-Jacques Rousseau. Cada um deles apresentou uma ideia diferente de contrato social, com concepções distintas do estado de natureza e motivos para a adesão ao pacto social. 

A ideia central do contratualismo é que o certo e o errado são determinados pela concordância com o contrato social, ou seja, com os princípios e objetos acordados pela sociedade. 

Segundo esse filósofo:

Alternativas

A

O Estado deveria ser absoluto e forte, pois, somente assim, pode impor o respeito para evitar a barbárie.

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