[...] Desde então provou ser o instrumento mais eficaz e dur...
(QUIJANO, 1999.)
A ideia de raça se contextualiza de modo bastante essencial à colonialidade do poder, sendo fundamental no processo colonizador. Existe na verdade:
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Alternativa Correta: A - Um processo de subalternização e obliteração dos dominados que impõe a ideia de raça como forma de subjugar.
Tema Central: A questão aborda a colonialidade do poder, conceito desenvolvido por Aníbal Quijano. Este conceito é essencial para entender como a ideia de raça foi utilizada como um instrumento de dominação e classificação social durante o período colonial e como isso ainda impacta as relações de poder na contemporaneidade.
Resumo Teórico: Segundo Quijano, a colonialidade do poder refere-se ao padrão de poder que emergiu a partir do colonialismo, onde a raça foi utilizada para justificar a hierarquização e a dominação de alguns grupos sobre outros. A ideia de raça serviu para subalternizar, ou seja, colocar certos grupos em posições inferiores na estrutura social e de poder. Isso não apenas justificou a exploração econômica, mas também perpetuou desigualdades sociais, culturais e epistêmicas.
Justificativa da Alternativa Correta: A alternativa A está correta porque reconhece o processo de subalternização e dominação que a ideia de raça impôs aos grupos colonizados. Este processo é um componente crucial da colonialidade do poder, onde a raça se torna uma ferramenta de controle social e imposição de desigualdades estruturais.
Análise das Alternativas Incorretas:
B - A ideia implícita de que a colonização tinha como principal objetivo a purificação da raça através da cultura e da miscigenação. Esta alternativa está incorreta porque não reflete o objetivo central do colonialismo. A colonização visava a exploração econômica e política, e não a "purificação" da raça. Além disso, a miscigenação foi muitas vezes um resultado não intencional e não um objetivo declarado.
C - Além da dominação do conhecimento, do ser e da natureza nativa, a superação da barbárie se dá através da aceitação pacífica da inferioridade natural. Esta alternativa está incorreta porque perpetua uma visão racista de que a inferioridade dos colonizados era "natural" e que eles deveriam aceitar pacificamente essa posição. Isso contraria a crítica que Quijano faz ao uso da raça como uma construção social de dominação.
D - Uma ideia de que, para além da cor da pele, as diferenças entre colonizador e colonizado estão geneticamente explicadas na incapacidade mental do ameríndio. Esta alternativa está incorreta pois reforça argumentos racistas e pseudocientíficos que foram historicamente utilizados para justificar a supremacia branca, mas não refletem a crítica contemporânea e acadêmica à colonialidade do poder.
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