Nos textos seguintes serão tratados aspectos da sintaxe de c...
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Com base no mesmo assunto
Ano: 2021
Banca:
FCM
Órgão:
COREN-MG
Prova:
FCM - 2021 - COREN-MG - Auxiliar Técnico de Fiscalização |
Q1835726
Português
Texto associado
A QUESTÃO SE REFERE AO TEXTO
SEGUINTE.
Ser munduruku é ser Amazônia
Bheka Munduruku*
Na Amazônia vivem 300 mil indígenas. Nós, da etnia
munduruku, somos 13 mil, divididos em 120 aldeias.
Eu tenho 16 anos, nasci e moro até hoje na Terra
Indígena Sawré Muybu. Ela é o meu mundo. Temos
nossas brincadeiras. Alguns gostam de se pintar, mas
outros de cantar as canções que foram ensinadas por
nossos pais.
Tiramos tudo o que precisamos da nossa terra: pescamos e caçamos (apenas o suficiente para a nossa
subsistência), além de plantarmos mandioca, banana, batata, cana-de-açúcar, cará, abacaxi, pimenta,
sem destruir a floresta. A natureza é nossa mãe. Ela
nos dá tudo o que precisamos e, em troca, tratamos
dela com carinho. Gosto da vida que levo, mas não
pretendo obrigar ninguém a viver como vivo. Com
que direito, então, querem nos impor costumes e valores estranhos à nossa cultura?
Os mais jovens aprendem quase tudo com os mais
velhos. Assim, sabemos como nossa cultura é rica
e antiga, e de nosso lugar no mundo. Nossos pais e
avós contam que Karosakaybu, o Grande Ser, fez surgir de uma fenda nas cabeceiras do rio Crepori, um
afluente do Tapajós, quatro casais que deram origem
à humanidade: um branco, um negro, um indígena e
um munduruku. Os pariwat, como chamamos os estrangeiros, foram povoar o mundo. Nossos ancestrais
ficaram.
Ainda estamos aqui. Não apenas sobrevivemos do
que tiramos de nossa terra – cuidar dela é a própria
razão de nossa existência. Nós a protegemos há mais
de 4.000 anos, mas a história pariwat registra que
nos encontramos pela primeira vez em 1768. Desde
então fomos obrigados a acrescentar a resistência
entre nossos hábitos.
Sabe-se hoje que a floresta em pé ajuda a conter as
mudanças climáticas. Nós mesmos já sentimos os
seus efeitos: teve ano que choveu em março, em vez
de novembro. Mas o desmatamento não é a única
ameaça que ronda a Amazônia. E não temos mais
como protegê-la sozinhos. Como qualquer cultura,
a nossa assimilou novos costumes e evoluiu. Cultivamos nossas tradições, mas não paramos no tempo,
não vivemos na pré-história.
Os munduruku já foram caçadores de cabeça; agora,
preferimos fazer cabeças. Queremos convencer todo
o mundo – inclusive os cabeças-duras – da importância de preservar a floresta e os seus rios.
Não precisamos de ouro, mas não podemos mais nadar no Tapajós, pois ele adoeceu: suas águas estão
contaminadas pelo mercúrio do garimpo ilegal. O Tapajós é o último afluente da margem direita do rio
Amazonas a correr livre. Barrar um rio é matar tudo
o que nele vive.
Munduruku significa “formigas vermelhas”. Nos deram esse nome porque lutávamos lado a lado. Junte-se ao nosso formigueiro e nos ajude a defender a
Amazônia.
* Guerreira indígena da etnia munduruku.
Folha de São Paulo, Tendências/Debates, 16 jan. 2020, p. A3. Adaptado.
Nos textos seguintes serão tratados aspectos da sintaxe de concordância, de regência e de colocação
pronominal.
Texto I “A natureza é nossa mãe. Ela nos dá tudo o que precisamos e, em troca, tratamos dela com carinho. Gosto da vida que levo, mas não pretendo obrigar ninguém a viver como vivo. Com que direito, então, querem nos impor costumes e valores estranhos à nossa cultura?” (2º §). Texto II
Disponível em: <https://geografiavisual.com.br/quadrinhos-e-ilustracoes/a-luta-dos-indios-munduruku-contra-hidreletrica-contada-visualmente>. Acesso em: 25 jan. 2020.
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre os textos. ( ) Em “... querem nos impor costumes e valores estranhos à nossa cultura?”, a preposição em destaque foi empregada devido à regência do verbo que a antecede. ( ) No período “Me ensinaram que temos que respeitar...” a construção frasal iniciada por pronome oblíquo é admissível na oralidade, porém, de acordo com a norma culta, não se inicia frase com pronome. ( ) Na frase “... nós sempre moramos aqui.”, o verbo em destaque encontra-se em desacordo com a norma-padrão, pois ele é um verbo transitivo indireto, regido pela preposição “por”: o certo é grafar “moramos por aqui”. De acordo com as afirmações, a sequência correta é
Texto I “A natureza é nossa mãe. Ela nos dá tudo o que precisamos e, em troca, tratamos dela com carinho. Gosto da vida que levo, mas não pretendo obrigar ninguém a viver como vivo. Com que direito, então, querem nos impor costumes e valores estranhos à nossa cultura?” (2º §). Texto II
Disponível em: <https://geografiavisual.com.br/quadrinhos-e-ilustracoes/a-luta-dos-indios-munduruku-contra-hidreletrica-contada-visualmente>. Acesso em: 25 jan. 2020.
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre os textos. ( ) Em “... querem nos impor costumes e valores estranhos à nossa cultura?”, a preposição em destaque foi empregada devido à regência do verbo que a antecede. ( ) No período “Me ensinaram que temos que respeitar...” a construção frasal iniciada por pronome oblíquo é admissível na oralidade, porém, de acordo com a norma culta, não se inicia frase com pronome. ( ) Na frase “... nós sempre moramos aqui.”, o verbo em destaque encontra-se em desacordo com a norma-padrão, pois ele é um verbo transitivo indireto, regido pela preposição “por”: o certo é grafar “moramos por aqui”. De acordo com as afirmações, a sequência correta é