No trauma crânio-encefálico, uma hemorragia epidural pode ca...

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Q1338996 Enfermagem
No trauma crânio-encefálico, uma hemorragia epidural pode causar herniação, forçando o lobo temporal em direção ao terceiro par de nervos cranianos, comprimindo-o. Nessa situação, a vítima apresenta:
Alternativas

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A alternativa correta é: D - midríase ipsilateral ao lado da lesão.

Para entender essa questão, é essencial conhecer as consequências de um trauma crânio-encefálico, particularmente uma hemorragia epidural. Esta condição ocorre quando há um acúmulo de sangue entre o crânio e a dura-máter, o que pode aumentar a pressão intracraniana e levar à herniação cerebral. Quando o lobo temporal é deslocado, ele pode comprimir o terceiro par de nervos cranianos (nervo oculomotor), resultando em sintomas característicos.

Justificativa da alternativa correta:

Alternativa D - A midríase ipsilateral ao lado da lesão é um sinal clássico de compressão do nervo oculomotor devido à herniação uncal, que frequentemente ocorre com uma hemorragia epidural. Este nervo, ao ser comprimido, provoca a dilatação da pupila no mesmo lado da lesão (ipsilateral).

Análise das alternativas incorretas:

Alternativa A - Dificuldade auditiva e visual não são sintomas diretamente associados à compressão do terceiro nervo craniano em casos de hemorragia epidural. A dificuldade auditiva não está relacionada com esta situação, enquanto as alterações visuais específicas seriam mais relacionadas à midríase.

Alternativa B - Alterações motoras e na fala podem ocorrer em lesões neurológicas, mas não são características primárias de uma hemorragia epidural com compressão do nervo oculomotor. Tais sintomas são mais comuns em lesões que afetam áreas motoras específicas do cérebro.

Alternativa C - A midríase bilateral sugeriria um comprometimento mais difuso do sistema nervoso, como uma profunda lesão cerebral ou aumento de pressão intracraniana que afeta ambos os lados, o que não é específico para uma hemorragia epidural unilateral.

Alternativa E - A midríase contralateral ao lado da lesão não é esperada na compressão do terceiro nervo craniano devido a uma hemorragia epidural. O efeito é geralmente observado no mesmo lado da lesão (ipsilateral).

O reconhecimento dos sinais neurológicos em um paciente com trauma é crucial para uma intervenção rápida e eficaz. Saber identificar a midríase ipsilateral ajuda a guiar diagnósticos e decisões de tratamento em situações de emergência.

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Comentários

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Ipsilateral= do mesmo lado da lesão

Letra D! Midríase Ipsilateral ao lado da lesão.

A ALTERNATIVA CORRETA É: D midríase ipsilateral ao lado da lesão.

JUSTIFICATIVA:

No trauma crânio-encefálico (TCE), a hemorragia epidural pode levar à herniação do lobo temporal (uncus), comprimindo o terceiro nervo craniano (nervo oculomotor). Essa compressão impede o funcionamento adequado das fibras parassimpáticas, que controlam a contração da pupila, resultando em midríase (dilatação pupilar) no lado da lesão (ipsilateral).

Além disso, essa condição pode ser acompanhada de ptose palpebral e desvio do olho para baixo e para fora, devido à paralisia das funções motoras do nervo oculomotor.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:

A. dificuldade auditiva e visual:

A hemorragia epidural não afeta diretamente os nervos ou estruturas responsáveis pela audição, nem causa comprometimento visual generalizado. Essas alterações são mais associadas a outros tipos de lesão cerebral difusa.

B. alterações motoras e na fala:

Embora lesões cerebrais mais amplas possam causar déficits motores ou de fala, estas não são manifestações primárias da compressão do terceiro nervo craniano, que é o foco dessa questão.

C. midríase bilateral:

A midríase bilateral ocorre em situações de disfunção cerebral grave ou herniação transtentorial avançada, quando ambos os lados do cérebro são comprometidos. Neste caso, o comprometimento inicial é unilateral.

E. midríase contralateral ao lado da lesão:

A midríase ocorre no lado ipsilateral ao da compressão, pois o terceiro nervo craniano é afetado no mesmo lado da lesão.

EM RESUMO:

A hemorragia epidural pode levar à herniação do lobo temporal, comprimindo o nervo oculomotor no lado da lesão. Isso causa midríase ipsilateral, resultado da paralisia das fibras parassimpáticas responsáveis pela contração da pupila.

PONTOS CHAVE:

  • A hemorragia epidural frequentemente causa herniação do uncus do lobo temporal.
  • A compressão do nervo oculomotor (terceiro nervo craniano) resulta em midríase ipsilateral.
  • Sinais clínicos importantes incluem pupila dilatada, ptose palpebral e desvio ocular para baixo e para fora.

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