A nucleação, um processo de restauração ambiental, é entendi...

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Q313187 Engenharia Ambiental e Sanitária
A gestão ambiental está relacionada com a implantação de critérios de equilíbrio que promovam o desenvolvimento e o bem estar dos seres humanos, por meio da melhoria da qualidade de vida e manutenção da disponibilidade dos recursos naturais. Nesse sentido, o planejamento urbano brasileiro se manifesta de várias formas, como os planos diretores, que devem incluir, indispensavelmente, o zoneamento ambiental. Com relação a esse assunto, julgue o item seguinte.
A nucleação, um processo de restauração ambiental, é entendida como a capacidade de uma espécie arbórea, também denominada facilitadora das espécies nativas, de propiciar significativa melhoria nas qualidades ambientais, permitindo maior possibilidade para que os ambientes em questão sejam ocupados por outras espécies.
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ERRADA!

Espécie arbórea não é facilitadora! As espécies facilitadoras são intermediárias no processo de sucessão de espécies. São espécies de ervas e arbustos que ao se estabeleceram vão mudando as caracteristicas ambientais para o estabelecimento das espécies de uma sere sucessional tardia, no caso as arbóreas.

Na verdade, as espécies arbóreas podem sim ser espécies facilitadoras. São as espécies Pioneiras como Cecropia pachystachya entre outras que colonizam a área, melhorando as condições edafoclimáticas do local, e possibilitando assim o desenvolvimento de espécies secundarias intermediarias e tardias.  O erro da questão está na definição de NUCLEAÇÂO.

NUCLEAÇÃO: A nucleação é definida como uma forma de sucessão em que a colonização de uma espécie pioneira em uma área sem vegetação provoca transformações no ambiente de forma a propiciar condições para uma primeira comunidade natural, ou seja, facilita a chegada de outras plantas, animais e microrganismos.

Errado, pois a nucleação ocorre quando pequenos núcleos de vegetação são implantados em uma área degradada. As técnicas de nucleação, a exemplo de abrigos artificiais para animais, plantio de espécies herbáceo-arbustivas, transposição de solo e banco de sementes, transposição de chuva de sementes, blocos de mudas procedentes de transposição de solo e chuva de sementes, poleiros artificiais, plantio de árvores nativas em grupos de Anderson e trampolins ecológicos com grupos funcionais promovem a conectividade da paisagem sob dois fluxos: interno: conectividade recebedora; e externo: conectividade doadora. O desenvolvimento dos núcleos representa uma alternativa de restauração que prioriza os processos de sucessão natural.

Fonte: REIS, Ademir; BECHARA, Fernando Campanhã  and  TRES, Deisy Regina. A nucleação na restauração ecológica de ecossistemas tropicais. Sci. agric. (Piracicaba, Braz.) [online]. 2010, vol.67, n.2, pp. 244-250. ISSN 0103-9016.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-90162010000200018.

Nucleação: capacidade que uma espécie tem de melhorar o ambiente, facilitando a ocupação da área por outras espécies.A partir destes núcleos, ou ilhas de vegetação, a vegetação secundária se expande ao longo do tempo e acelera a sucessão natural da área degradada.

O problema é que espécies arbóreas não são facilitadoras somente de espécies nativas, mas pode ser de outras espécies.

ERRADA.

NUCLEAÇÃO - Consiste na formação de "ilhas" ou núcleos de vegetação com espécies com capacidade ecológica de melhorar significativamente o ambiente, facilitando a ocupação dessa área por outras espécies. Nesses núcleos há incremento das interações interespecíficas, envolvendo interações planta-planta, plantas-microorganismos, plantas-animais, níveis de predação e associações e os processos de reprodução vegetal, como a polinização e a dispersão de sementes. Assim, a partir desses núcleos, a vegetação secundária se expande ao longo do tempo e acelera o processo de sucessão natural. O núcleo pode ser formado por meio de: plantio de sementes ou mudas de espécies pioneiras, galharia, transposição de solo, de sementes, implantação de poleiros, ou "mix" (mais de uma técnica associada). Os núcleos são estabelecidos em 10% da área. Quando os núcleos são estabelecidos em áreas menos resilientes (por degradação do solo ou cobertura por espécies de capins agressivos) eles podem ser mais próximos, ou seja, com maior densidade de núcleos. O manejo é dado dentro dos núcleos para favorecer o pegamento das mudas e o estabelecimento das plântulas. Em geral, os espaços entre núcleos não são manejados, porém o restaurador pode optar por eliminar ou substituir a vegetação agressiva por uma menos agressiva ou que facilite a expansão dos núcleos e a chegada de novas plantas.

 

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