No trecho – Digo-o não porque tenha conhecimento privilegia...

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Q2521884 Português
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Destruição criativa 2.0

    Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos. Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos 1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
    Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme potencial e que terá impactos, em especial sobre o empreg o. Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação. Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
    O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos, de comida a bens industrializados, passando por vários tipos de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e sociais, mas também psicológicos.
    Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio existencial. É até possível que, com o problema econômico resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir uma revolução anímica.

(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml.
15.09.2023. Adaptado)
No trecho – Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir… (1º parágrafo) –, a forma verbal tenha, no contexto em que foi empregada, está no mesmo modo e tempo que a destacada em:
Alternativas

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B

A forma verbal "tenha" está no subjuntivo presente. Vamos analisar as alternativas para encontrar outra forma verbal no mesmo modo e tempo:

  • A) Não faça tanto barulho!
  • A forma verbal "faça" está no imperativo presente.
  • **B) Espero que fiquemos bem."
  • A forma verbal "fiquemos" está no subjuntivo presente.
  • **C) Seria bom que ele viesse."
  • A forma verbal "viesse" está no subjuntivo imperfeito.
  • **D) Ele não tinha muitos amigos."
  • A forma verbal "tinha" está no pretérito imperfeito do indicativo.
  • **E) Não venha aqui amanhã."
  • A forma verbal "venha" está no imperativo presente.

A única alternativa em que a forma verbal está no mesmo modo e tempo que "tenha" (subjuntivo presente) é a B) Espero que fiquemos bem.

Essas sempre me pegam ;.;

A forma verbal "tenha" se encontra no subjuntivo do presente, e tanto as alternativas A quanto E apresentam verbos no imperativo, por isso estão erradas. Única alternativa com verbo efetivamente no subjuntivo presente é a B, portanto.

Por que está no presente do subjuntivo?

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