Assinale a frase abaixo que não explora a mesma temática que...

RESPOSTA: E

As frases abaixo, exceto uma, apresentam uma relação de OPINIÃO x EXPLICAÇÃO. Para compreendê-las e ver se fazem sentido, você deve ler a OPINIÃO e depois perguntar-se: PORQUE? Se houver uma EXPLICAÇÃO, ela está correta. Vejamos:

A

A maioria não tem apreço pelo que entende, e o que não compreendem, veneram. Para serem estimadas, as coisas têm que custar: [POR QUE?] PORQUE será celebrado tudo o que não entendido.  

B

Quanto mais bem formuladas estejam as ideias, quanto mais explícitas elas forem, menor será sua eficácia: [POR QUE?] PORQUE uma ideia clara é uma ideia sem futuro. 

C

Foi pela obscuridade de sua linguagem que Heráclito conquistou a veneração dos ignorantes. [POR QUE?] PORQUE Os tolos, com efeito, só estimam o que se lhes apresenta em termos enigmáticos. 

D

Um autor como o inglês James Joyce sempre foi admirado por seu obscurantismo e espanta o número de edições de um de seus livros enigmáticos, [POR QUE ESPANTA?] PORQUE quase ninguém o entende.  

EE

Aquele que explica a passagem de um autor “mais profundamente” do que era a intenção da passagem não explica o autor, apenas o torna mais obscuro. 

Resposta da inteligência artificial que achei bastante coerente, já que o Qconcursos demitiu seus professores de português:

A) Esta opção fala sobre a tendência de algumas pessoas em não valorizar o que entendem facilmente, mas sim o que é mais difícil de compreender. Isso está relacionado à ideia de que as coisas precisam ser difíceis ou custar algo para serem estimadas, o que é uma forma de valorizar a obscuridade na comunicação.

B) Aqui, a ideia é que quanto mais claras e bem formuladas forem as ideias, menos eficazes elas serão. Isso sugere que a clareza pode ser prejudicial, e que ideias mais enigmáticas ou obscuras têm mais impacto nas vendas, pois é isso que buscam os ignorantes.

C) Esta opção menciona Heráclito, sugerindo que sua obscuridade linguística conquistou a veneração dos ignorantes. Reforça a ideia de que pessoas tolas valorizam o que é apresentado de forma enigmática, contribuindo para a temática da veneração da obscuridade.

D) Aqui, James Joyce é citado como exemplo de um autor admirado por sua obscuridade. Menciona-se que suas obras são enigmáticas e pouco compreendidas, o que contribui para sua admirabilidade. Mais uma vez, ressalta-se a valorização da obscuridade na comunicação.

E) Essa opção aborda a interpretação excessiva de um autor, sugerindo que isso pode torná-lo mais obscuro. Não se trata diretamente da veneração da obscuridade na linguagem, mas sim da interpretação exagerada, tornando o autor mais difícil de entender.

Portanto, a opção E se destaca das demais por abordar um aspecto diferente relacionado à obscuridade na comunicação.

A questão pede pela alternativa que fuja à temática das demais.

Na maioria, percebemos a valorização (azul) do obscurantismo linguístico; e em apenas uma, a desvalorização (vermelho).

A) A maioria não tem apreço pelo que entende, e o que não compreendem, veneram. Para serem estimadas, as coisas têm que custar: será celebrado tudo o que não entendido. 

B) Quanto mais bem formuladas estejam as ideias, quanto mais explícitas elas forem, menor será sua eficácia: uma ideia clara é uma ideia sem futuro.

Se interpretarmos em sentido contrário (a contrario sensu), chegaremos à conclusão de que uma ideia obscura é uma ideia com futuro.

C) Foi pela obscuridade de sua linguagem que Heráclito conquistou a veneração dos ignorantes. Os tolos, com efeito, só estimam o que se lhes apresenta em termos enigmáticos.

D) Um autor como o inglês James Joyce sempre foi admirado por seu obscurantismo e espanta o número de edições de um de seus livros enigmáticos, já que quase ninguém o entende. 

E) Aquele que explica a passagem de um autor “mais profundamente” do que era a intenção da passagem não explica o autor, apenas o torna mais obscuro. 

A parte final denota desprezo pela linguagem obscura.

Gabarito: e.

Frases muito parecidas, uma com um detalhe um pouco diferente, bem característico da banca.