Releia-se o segundo parágrafo do texto:“Entrou namoda a expr...
O processo de licenciamento de Angra III foi mais uma demonstração de como estamos despreparados para conceber uma sociedade que, efetivamente, seja a base para a preservação do planeta. Falas de autoridades públicas, de editoriais e até de alguns ambientalistas defenderam esse tipo de energia com argumentos de que se trata de uma energia limpa, já que não agrava o efeito estufa, e que o Brasil precisa reforçar sua matriz energét ica para se desenvolver a taxas cada vez maiores. Sem contar o absurdo de chamar de energia limpa a fissão nuclear e o seu perigoso lixo atômico, fica evidente que poucos se perguntam sobre as consequências ambientais de se defender cada vez mais o desenvolvimento. Para frear o drama ambiental planetário que se avizinha, precisamos é de menos desenvolvimento e de menos consumo de energia e de recursos naturais.
Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável. Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico. Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável. A não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das naçõesmais ricas.
De que maneira participamos do ciclo perverso que começa na extração dos recursos naturais, passa pela produção e distribuição e chega até ao consumidor? Conhecer a cadeia que rege o consumo fica muito claro em vídeo, que circula pela internet, realizado pela ativista Annie Leonard, o original Story Of Stuff. Essa animação bem construída explica a desastrosa cadeia que começa devastando o meio ambiente até chegar ao inconsequente consumidor.
Já se foi o tempo em que se alimentar e vestir era algo complementar à vida do indivíduo. Hoje em dia, esses hábitos se tornaram uma corrida insana para quem quer que seja se sentir alguém. Os manipuladores da indústria da moda não se cansam de alternar tendências, para que a cada estação tenhamos que renovar o guarda-roupa da cabeça aos pés . Com os eletrodomésticos e eletrônicos em geral, a coisa fica mais cabeluda. Mal aprendemos a utilizar um novo laptop- e já explode no mercado outro mais repleto de possibilidades! Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa! Dessa forma, subvertemos a lei natural e o ser humano passa a valer menos que o sistema por ele criado. Carros, sapatos, computadores descartáveis, uma corrida desenfreada em busca do último modelo para alimentar a cadeia de
objetos descartáveis para pessoas descartáveis.
Mas o que fazer e como fazer para parar esse movimento destrutivo? Conhecer os ensinamentos de grandes filósofos como Platão, Buda, Jesus, Gandhi e tantos outros que dedicaram suas vidas para mostrar que a verdadeira realidade se encontra no interior do ser humano. O grande vazio é que nos faz comer demais, comprar demais, amar demais sem conseguir suprir a fome existencial. Para esses líderes espirituais, uma maior consciência do nosso Eu Superior se refletirá num contato mais próximo com a natureza, produzindo uma sociedade mais consistente e feliz. E sem dúvida faz parte dessa busca sermos capazes de viver uma vida mais frugal.
(RESENDE, Célia & LIMA, Ronie. JB Ecológico: 07 / 01/ 2008, p. 54)
“Entrou namoda a expressão desenvolvimento sustentável. Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico. Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável. A não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das nações mais ricas.”
Para reescrevê-lo num período único, deve-se - eliminando, obviamente, as maiúsculas e respeitando as normas de pontuação vigentes - substituir, pela ordem, os pontos usados por:
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Gabarito comentado
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A alternativa correta é: A - dois pontos - vírgula – vírgula.
Vamos entender o porquê.
A questão envolve a reescrita de um parágrafo em um período único, o que requer a substituição adequada dos sinais de pontuação para manter a coerência e a clareza do texto. Para resolver a questão, é necessário conhecimento sobre o uso correto de dois pontos, vírgulas, ponto e vírgula, e travessões.
Vamos analisar o segundo parágrafo do texto fornecido:
“Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável. Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico. Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável. A não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das nações mais ricas.”
Para transformá-lo em um período único, precisamos eliminar as maiúsculas e substituir corretamente os pontos.
1. Substituímos o primeiro ponto por dois pontos para introduzir uma explicação ou enumeração: "Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável: empresários verdes..."
2. Substituímos o segundo ponto por vírgula para continuar a enumeração: "Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico, mas a realidade..."
3. Substituímos o terceiro ponto por outra vírgula para ligar a continuação do raciocínio: "Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável, a não ser que sejam estancados..."
Dessa forma, o texto reescrito ficaria assim:
“Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável: empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico, mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável, a não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das nações mais ricas.”
Agora, vamos justificar as alternativas incorretas:
B - dois pontos - travessão - ponto e vírgula: O uso do travessão e do ponto e vírgula não seriam apropriados para a continuidade do raciocínio como solicitado.
C - vírgula - travessão – vírgula: O travessão interrompe a fluidez do texto e não é adequado para a transformação em um período único.
D - ponto e vírgula - ponto e vírgula - dois pontos: O ponto e vírgula interrompe a leitura contínua e os dois pontos no final não fazem sentido na estrutura da frase.
E - travessão - dois pontos - ponto e vírgula: Novamente, o travessão e o ponto e vírgula não são apropriados para a continuidade do raciocínio.
Portanto, a alternativa A é a única que respeita as normas de pontuação vigentes e mantém a coerência e clareza do parágrafo ao transformá-lo em um único período.
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“Entrou namoda a expressão desenvolvimento sustentável/ : Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico/., Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável,. A não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das nações mais ricas.”
1a. : Usou-se dois pontos pq está ligando duas orações coordenadas em que uma está abrangendo ou explicando a outra.
Dois pontos podem ainda ser usados com a mesma função do travessão para dar ênfase a certos troços de frase e outras funções.
2a. : A vírgula foi usada para separar a oração coordenada adversativa
3a. a não ser = salvo = senão - A vírgula foi usada para separar oração subordinada adverbial condicional e para isolar elemento de valor explicativo " não é sustentável".
a) 2 pontos sao usados para enumeração.
virgula esta separando uma oraçao coordenada adversativa cujo sujeito é diferente da oração principal.
virgula esta separando oração subordinada adverbial concessiva. Locuções conjuntivas afins: : embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.
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