A crise econômica e política se intensifica a cada dia, leva...
A crise econômica e política se intensifica a cada dia, levando milhares de habitantes a deixar o país em busca de refúgio em outros locais. Em 2017, estima-se que cerca de 52 mil pessoas fugiram da situação de miséria e perseguição política. O Brasil, especialmente o estado de Roraima, foi um dos que mais recebeu esses imigrantes.
Em 2018, o fluxo migratório se intensificou e, segundo dados oficiais, cerca de 800 pessoas cruzam a fronteira com o Brasil diariamente em Pacaraima, em Roraima. Na capital do estado, Boa Vista, cerca de 40 mil vivem em condições muitos precárias nas ruas e em abrigos improvisados.
A corrente imigratória descrita no texto é oriunda do (a):
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Alternativa correta: D - Venezuela
Explicação do tema central: A questão aborda um importante fenômeno migratório que ocorreu em 2018, relacionado à crise econômica e política na Venezuela. Esse tema é relevante pois envolve questões de direitos humanos, políticas de imigração e relações internacionais, sendo um tópico frequentemente abordado em provas de atualidades.
Resumo teórico: A Venezuela enfrentou uma grave crise econômica e política nos últimos anos, resultando em hiperinflação, escassez de alimentos e medicamentos, e aumento da violência. Essa situação levou milhões de venezuelanos a buscar refúgio em países vizinhos, com o Brasil sendo um dos principais destinos, especialmente através da fronteira no estado de Roraima.
Justificativa para a alternativa correta (D - Venezuela): A alternativa D é a correta porque o texto descreve claramente a situação enfrentada por venezuelanos, que cruzaram a fronteira com o Brasil em grande número em 2018, especialmente pelo estado de Roraima. A situação econômica e política do país foi amplamente divulgada na mídia, e os números apresentados no enunciado refletem os dados oficiais sobre a migração venezuelana.
Análise das alternativas incorretas:
- A - Síria: Embora a Síria também enfrente uma crise grave, os refugiados sírios são mais comumente encontrados em países da Europa e do Oriente Médio, e não no Brasil.
- B - Colômbia: A Colômbia tem sido mais um destino para venezuelanos do que um país de origem de grandes fluxos migratórios recentes.
- C - Bolívia: A Bolívia não enfrentou uma crise humanitária como a descrita no texto, e não houve um fluxo significativo de bolivianos para o Brasil em 2018.
- E - Haiti: Apesar de uma crise econômica e desastres naturais anteriores, o fluxo migratório haitiano para o Brasil ocorreu principalmente após o terremoto de 2010, e não em 2018.
Estratégias de interpretação: Para questões desse tipo, é fundamental estar atualizado com as notícias internacionais e entender o contexto político e econômico dos países envolvidos. Observe palavras-chave no texto que possam indicar a origem dos imigrantes, como "fronteira", "estado de Roraima" e "refúgio".
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Pacaraima município que liga o Brasil com a Venezuela
A crise da Venezuela se intensifica a cada dia, levando milhares de habitantes a deixar o país em busca de refúgio em outros locais. Neste ano, cerca de 52 mil venezuelanos fugiram da situação de miséria e perseguição política. Destes, mais de 12 mil vieram para o Brasil.
De acordo com o Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), depois dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo destino mais procurado pelos venezuelanos, seguido da Argentina, Espanha, Uruguai e México. As nações receberam milhares de solicitações de migração neste ano.
A maioria dos venezuelanos que chega aqui entra pela fronteira com Roraima, segundo a organização Human Rigths Watch . Eles solicitam por refúgio, uma permissão para permanecer no Brasil na condição de refugiados, o que significa que precisaram deixar o país de origem por motivos de perseguição política ou crise humanitária. Também procuram por trabalho temporário e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), devido ao precário atendimento médico, quando existia, em seu país natal.
Os imigrantes venezuelanos estão vivendo em condições precárias em Boa Vista, capital do estado, o que aponta para um estado de urgência na região Norte do Brasil. Enquanto durar a escassez de alimentos e remédios e o sistema político da Venezuela continuar instável, a tendência é que mais habitantes continuem deixando o país.
No primeiro semestre de 2017 a polícia Federal de Roraima recebeu 5.787 pedidos de refúgio, de imigrantes venezuelanos e a maioria deles permanece no estado. Eles preferem não se afastar muito da fronteira e manter o contato com a família. Mas há imigrantes que escolhem viajar para outras regiões para procurar emprego.
OS PRINCIPAIS DESTINOS DOS VENEZUELANOS.
Colômbia, Estados Unidos e Espanha concentram 68% dos emigrantes venezuelanos, segundo o relatório da OIM.
A Colômbia que, assim como o Brasil faz fronteira com a Venezuela, é o destino mais procurado. O país já recebeu 870 mil venezuelanos até abril de 2018. Em 2015, o número era de 48 mil, o que mostra um aumento exponencial do fluxo migratório.
Até recentemente, os Estados Unidos eram um dos destinos preferidos dos venezuelanos - haviam recebido 290 mil pessoas vindas da Venezuela até 2016.
Ainda no governo de Hugo Chávez, diversos venezuelanos com recursos financeiros, principalmente empresários e profissionais liberais, passaram a planejar a saída do país diante da perspectiva de maior intervenção estatal e mudança para um regime de orientação socialista.
Grande parte deles foi para os Estados Unidos e para a Espanha (208 mil). "Entre as razões para isso está o fato de os Estados Unidos oferecerem oportunidades de trabalho para venezuelanos com qualificação profissional", explica o relatório da OIM assinado pelos pesquisadores Vanina Volodo e Ezequiel Toxidó.
"Já a Espanha garante canais legais para a obtenção de cidadania a cidadãos venezuelanos descendentes de espanhóis."
Os representantes da OIM destacam ainda que EUA e Espanha são destinos históricos de venezuelanos. A crise econômica do governo de Nicola Maduro está "diversificando" os destinos procurados por nacionais da Venezuela, daí o aumento do fluxo para nações da América do Sul.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45251779
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