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Q499426 Português
Texto I 

                              Consumo e consumismo: pela consciência em primeiro lugar
 
Não há como fugir do consumo. Ele representa nossa sobrevivência e não é possível passar um único dia sem praticá-lo. Precisamos adquirir bens para suprir nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer, educação, abrigo.

Associado ao termo consumo sempre surge a ideia do consumismo e cuja diferenciação não é tão simples quanto parece. Muito mais do que pessoas que compram muito e adquirem bens que não precisam, o consumismo é um retrato do modelo atual de sociedade, do desperdício e dos valores que imperam. O consumismo refere-se a um modo de vida orientado por uma crescente busca pelo consumo de bens ou serviços e sua relação simbólica com prazer, sucesso, felicidade, que todos os seres humanos almejam, e frequentemente é observada nas mensagens comerciais dos meios de comunicação de massa.

Em meio às suas rotinas de consumo, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em perceber o que é necessário e o que é supérfluo e avaliar o tamanho do seu consumo. E é natural que o que é essencial para uma pessoa seja dispensável para outra devido à complexidade e à diversidade do ser humano. Qual é, afinal, o consumo ideal para uma pessoa ou uma família? Podemos mensurar as necessidades do outro? E seus desejos? Mais do que focar nos consumidores, podemos ter a percepção do tamanho do consumismo observando o culto ao consumo que impera em todos os meios. O nosso sistema de produção e toda a engrenagem que alimenta o sistema capitalista são impulsionados pelo consumo excessivo. Basta verificarmos como produzimos bens para serem pouco usados e logo descartados, com enorme impacto ambiental, gasto de água, recursos, energia e trabalho humano, para sentirmos como nossos processos não são sustentáveis, por mais que tentem pintá-los de verde. Enquanto convivermos com o bombardeio publicitário incentivando o consumismo, com a obsolescência programada não apenas de produtos tecnológicos mas também de pessoas, suas roupas e demais objetos, e um modelo de produção linear, que produz grande volume de resíduos, estamos vivenciando o consumismo. [...]

Para que as pessoas possam entender como elas vivem em um processo de consumo sem consciência é importante um entendimento individual acerca das necessidades reais e fabricadas. O condicionamento ao consumo pode acontecer de várias formas, mas a comunicação mercadológica que chega a homens, mulheres e crianças tem um papel decisivo. Os modismos chegam por novelas, desfiles, comerciais, incentivando hábitos que não eram comuns a determinado grupo. E com isso cria-se, então, um consumo que não existia.

Como resistir aos comportamentos consumistas? Quando pensamos na consciência antes do consumo temos como objetivo justamente entender o que é necessidade para o ser humano hoje. É tirar o foco do consumo e colocar em um entendimento de nossas necessidades e desejos e nos impactos pessoais, sociais e ambientais de nossas escolhas. Em meio a suas rotinas estressantes de trabalho, a uma corrida para ganhar dinheiro e pagar as contas no fim do mês, estamos perdendo a essência da vida. Qual seria um olhar com consciência da relação trabalho e obtenção de renda e estilo de vida e de consumo? Ocupamos nosso tempo, fazemos tarefas que não gostamos, nos afastamos de nossas famílias por longas horas para consumir coisas que a gente não precisa ou não precisaria e que são, inclusive, maléficas à nossa saúde física e mental. Mas estamos mergulhados em uma comunicação mercadológica que diz que aquele item é importante para que a gente se sinta bem e que pertença a determinados grupos. O consumo é visto como algo que credencia as pessoas e dá acesso a um mundo ilusório de perfeição e felicidade.

Mais grave ainda é a situação vivida pelas crianças e adolescentes, nos dias de hoje, que crescem em meio a valores extremamente materialistas e consumistas. Como falar em sustentabilidade se não cuidamos da infância em um sentido amplo, não oferecemos proteção contra todo tipo de abuso, inclusive a exploração comercial, e a disseminação de comportamentos insustentáveis? Estamos garantindo as condições para que no futuro as pessoas possam viver com qualidade.

Comerciais abusivos que falam direto para as crianças, promoções que nos ofertam brindes e descontos tipo leve 6 e pague 5, campanhas sedutoras e estratégias de venda com profundo conhecimento do comportamento humano. Armadilhas para um mundo consumista. Conseguir se desvencilhar deste grande emaranhado de recursos que induzem ao consumismo é hoje uma tarefa que exige um redescobrir do que é o ser humano, do nosso papel, e da nossa condição acima de “sujeitos-mercadorias", como coloca o escritor Zygmunt Bauman. Será que conseguimos? Um desafio que engloba uma tomada de consciência, uma nova comunicação midiática, mudança de valores, educação ambiental e para o consumo e, sobretudo, uma educação para a vida.

(Disponível em: http://conscienciaeconsumo.com.br/artigos/consumo-e-consumismo-pela-consciencia-em-primeiro-lugar.)

Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O vocábulo “vestuário” é acentuado por ser paroxítona em ditongo.
( ) O vocábulo “possível” é acentuado por ser proparoxítona.
( ) O vocábulo “pintá-lo” é acentuado por ser oxítona em “a”.
( ) O vocábulo “saúde” é acentuado por ser paroxítona em “e”.
( ) O vocábulo “hábitos” é acentuado por ser proparoxítona.

A sequência está correta em
Alternativas

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A terceira afirmativa é verdadeira. Trata-se de uma questão sobre acento diferencial:

Para acentuar as formais verbais com pronome oblíquo em ênclise (depois do verbo), cada elemento deverá ser considerado com uma palavra independente:

Pintá = óxitona terminada em a, portanto, com acento.

Fonte:http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono13.php

GABA; D

Monossílabas tônicas

Acentuamos todas as palavras monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s), o(s).

Pá, pós, já, pés.

Os ditongos monossilábicos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados.

Céu, véu, dói, réis.

Palavras oxítonas

Acentuamos as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em/ens.

Amapá, compôs, reféns, bambolê.

Nas palavras oxítonas, os ditongos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados.

Herói, troféus, papéis.

Oxítonas terminadas em i(s) e u(s) também são acentuadas.

Piauí, tuiuiú.

Palavras paroxítonas

Acentuamos as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), um(uns).

Lavávellen, repórterraxpisnuscepsímãs, sótãoálbum.

Paroxítonas terminadas em ditongos orais (seguidos ou não de s) também são acentuadas.

cuo, innia, subúrbio.

Atenção

Ditongos abertos éi(s), ói(s), éu(s) não são mais acentuados nas palavras paroxítonas.

Ideia, apoia, colmeia.

Atenção

Não utilizamos mais acentos no i e no u quando, nas palavras paroxítonas, estas letras vierem depois de um ditongo.

Feiura, baiuca, bocaiuva.

Palavras proparoxítonas

Todas as proparoxítonas são acentuadas.

Matetica, trânsito, farmacêutico, estico.

Letras I e U na segunda vogal do hiato

Estas letras receberão acento se estiverem sozinhas na sílaba, na segunda vogal do hiato e sem nh após estas letras.

Caída, traíram, faísca, carnaúba.

Atenção

É preciso, no entanto, ficar atento às regras de I e U para as oxítonas e paroxítonas antes de acentuar palavras que se encaixem nesta regra.

Verbos ter e vir

Na terceira pessoa do plural destes verbos, estas palavras serão acentuadas.

Eles têm, eles vêm.

Nos derivados de ter e vir (manter, intervir, convir, etc) a terceira pessoa do singular terá acento agudo e a terceira pessoa do plural terá acento circunflexo.

Ele mantém, eles intervêm.

Acentos diferenciais

Os acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo poder).

O acento diferencial é opcional somente em dêmos/demos (presente subjuntivo do verbo dar) e fôrma/forma (recipiente).

Palavras com as repetições oo, ee

Não são acentuadas.

Voo, veem, perdoo.


Completando... Não se acentuam as palavras paroxítonas terminadas em: a,e, o.

sa ú de - u ou i tônicos, sozinhas na sílaba (ou com s), precedidos de vogais (que não sejam eles próprios ou ditongos), não seguidos por nh. 
pos sí vel - paroxítona terminada em l.

(V )O vocábulo “vestuário” é acentuado por ser paroxítona em ditongo. 
( F ) O vocábulo “possível” é acentuado por ser proparoxítona. Trata-se de paroxítona terminada em -L 
( V ) O vocábulo “pintá-lo” é acentuado por ser oxítona em “a”. Também recebem acento as formas verbais terminadas em -o -e -a tônicas, seguidas de pronome (-lo, -los, -la, -las) 
( F ) O vocábulo “saúde” é acentuado por ser paroxítona em “e”. hiato 
(V ) O vocábulo “hábitos” é acentuado por ser proparoxítona.

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