A vantagem do uso de anti-inflamatórios específicos para enz...

A alternativa C está correta: o uso de anti-inflamatórios específicos para a enzima ciclooxigenase tipo dois (COX-2) tem como vantagem a redução dos efeitos gastrointestinais.

Os anti-inflamatórios são divididos em duas categorias principais: os que inibem de forma inespecífica tanto a COX-1 quanto a COX-2, e os que inibem especificamente a COX-2. A COX-1 é uma enzima constitutiva, ou seja, está presente continuamente no organismo e desempenha funções protetoras, especialmente no trato gastrointestinal, como a manutenção da mucosa gástrica.

Quando anti-inflamatórios inibem a COX-1, eles podem levar a efeitos secundários indesejáveis, principalmente problemas gastrointestinais, como úlceras e hemorragias. Já os inibidores específicos da COX-2 foram desenvolvidos para minimizar esses efeitos, pois a COX-2 é uma enzima induzida durante o processo inflamatório, então seu bloqueio alivia a inflamação sem comprometer a proteção gástrica oferecida pela COX-1.

Vamos agora aos motivos pelas quais as outras alternativas estão incorretas:

A) Aos efeitos estrogênicos. Não há relação entre a inibição da COX-2 e a produção de efeitos estrogênicos. Os inibidores da COX-2 não interferem diretamente nos hormônios estrogênicos.

B) Aos efeitos alucinógenos. Inibidores da COX-2 não estão relacionados com a produção de efeitos alucinógenos. Esses medicamentos atuam predominantemente no processo inflamatório e não afetam o sistema nervoso central a ponto de causar alucinações.

D) Aos efeitos cardiovasculares. Na verdade, inibidores específicos da COX-2 podem ter efeitos adversos cardiovasculares, como aumento do risco de eventos trombóticos. Portanto, essa alternativa não é uma vantagem, mas sim um ponto de preocupação no uso desses medicamentos.

Entender as diferenças entre os inibidores de COX-1 e COX-2 é essencial para reconhecer as vantagens e desvantagens de cada classe de anti-inflamatórios, especialmente em termos de segurança gastrointestinal e riscos cardiovasculares.

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Principalmente quanto aos efeitos gastrointestinais, mas também pela redução dos efeitos de vasoconstrição renal, por exemplo. Os inibidores seletivos da COX-2 apresentam menos interação medicamentosa com os anti-hipertensivos.