Observe as preposições destacadas nas passagens: ... proble...
A cada governo que entra, o assunto educação deixa os holofotes provisórios da campanha eleitoral, onde costuma desfilar na linha de frente das promessas dos candidatos, e volta à triste prateleira dos problemas que se arrastam sem solução. Desta vez foi diferente: encerrada a votação, a educação prosseguiu na pauta de discussões acirradas. Infelizmente, o saldo da agitação não gira em torno de nenhuma providência capaz de pôr o ensino do Brasil nos trilhos da excelência – a real prioridade.
A questão da hora é o projeto que pretende legislar sobre o que o professor pode ou, principalmente, não pode falar em sala de aula. Com o propósito de impedir a doutrinação, por professores, em classe, o projeto ameaça alimentar o oposto do que propõe: censura, patrulhamento, atitudes retrógradas e pensamento estreito. Segundo o especialista em educação Claudio de Moura Castro, não há como definir o que é variedade de pensamento e o que é proselitismo.
Fruto do ambiente polarizado da sociedade brasileira, a discussão entrou pela porta da frente das escolas. Nesse clima de paixões exaltadas, no entanto, é preciso um esforço adicional para separar o joio do trigo. A doutrinação em sala de aula é condenável sob todos os aspectos – seja de esquerda ou de direita, religiosa ou ateia, ou de qualquer outra natureza. A escola é um lugar para o debate livre das ideias, e não para o proselitismo.
Todo conhecimento é socialmente construído e, portanto, a aventura humana, por definição, nunca é neutra ou isenta de valores. A saída é discutir e chegar a um consenso sobre o que precisa ser apresentado ao aluno, e não vigiar e punir.
Doutrinar é expor ideias e opiniões com o propósito de convencer o outro. A todo bom professor cabe estimular o confronto de ideias e o livre pensar, inclusive expressando seu ponto de vista, mas não catequizar – uma linha fina que exige discernimento constante.
O mundo é diverso em múltiplos aspectos, e a escola é o lugar adequado para que essa diversidade seja discutida livremente. A melhor escola ainda é a que faz pensar – sem proselitismo.
(Fernando Molica, Luisa Bustamante e Maria Clara Vieira, Meia-volta, volver. Veja, 14.11.2018. Adaptado)
Observe as preposições destacadas nas passagens:
... problemas que se arrastam sem solução.
Com o propósito de impedir a doutrinação, por professores ...
...é preciso um esforço adicional para separar o joio do trigo.
A escola é um lugar para o debate livre das ideias...
Essas preposições expressam, nos respectivos contextos, as noções de
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Alternativa Correta: C - privação, agente, finalidade e destinação.
A questão apresentada avalia o conhecimento sobre as funções e significados das preposições em contextos específicos. Para responder corretamente, é necessário entender como as preposições estabelecem diferentes relações semânticas entre os termos na frase.
Vamos analisar cada preposição destacada no texto e justificar a alternativa correta:
1. "... problemas que se arrastam sem solução."
A preposição "sem" indica privação, ou seja, a ausência de solução. A ideia é que os problemas continuam existindo, mas não têm uma solução.
2. "Com o propósito de impedir a doutrinação, por professores ..."
A preposição "por" indica o agente. Neste caso, refere-se aos professores que poderiam estar promovendo a doutrinação.
3. "...é preciso um esforço adicional para separar o joio do trigo."
A preposição "para" expressa finalidade. O esforço adicional é necessário com a finalidade de separar o que é bom do que é ruim (joio do trigo).
4. "A escola é um lugar para o debate livre das ideias ..."
Neste caso, a preposição "para" indica destinação. A escola é destinada ao debate livre das ideias.
Analisando as alternativas incorretas:
A - exceção, agente, finalidade e localização.
- "sem" não indica exceção, mas privação.
- "para" nas últimas duas frases não indica localização, mas finalidade e destinação.
B - exceção, relação, destinação e destinação.
- Novamente, "sem" não indica exceção, mas privação.
- "por" no segundo contexto não indica uma relação genérica, mas especificamente o agente da ação.
D - falta, aptidão, possibilidade e proximidade.
- "sem" não é traduzido corretamente como falta, mas como privação.
- "por" não indica aptidão, mas o agente.
- "para" não expressa possibilidade nem proximidade, mas finalidade e destinação.
E - concessão, relação, destinação e proximidade.
- "sem" não indica concessão, mas privação.
- "por" não é uma relação genérica, mas especificamente o agente.
- "para" na última frase não indica proximidade, mas destinação.
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Comentários
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GABARITO: LETRA C
? ... problemas que se arrastam sem solução. ? a preposição expressa a ausência, a privação de "solução".
? Com o propósito de impedir a doutrinação, por professores ... ? a preposição expressa que os professores são os agentes da doutrinação.
? ...é preciso um esforço adicional para separar o joio do trigo. A escola é um lugar para o debate livre das ideias...? preposição que expressa valor semântico de finalidade, objetivo, intuito, propósito, fim.
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FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
VUNESP ADORA PARA + INFINITIVO= FINALIDADE!
ABRAÇOS!
ta faltando a quarta palavra em negrito. fui por eliminação.
O s destaques do QC (negrito etc.) são ruins. Poderiam colocar em cores.
Meu Deus do céu! Mas "A escola é um lugar para o debate livre das ideias..." não dá ideia de localização = um lugar??? Alguém ajuda?
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