A dialética busca o oculto presente no todo, que é escondido...

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Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MS Prova: CESPE - 2010 - MS - Assistente Social |
Q64768 Serviço Social
Funcionalismo e dialética são manifestações do pensamento
social que têm origem histórica e propostas diferenciadas na
definição de encaminhamentos teóricos e práticos. Acerca dessas
manifestações, julgue os próximos itens.
A dialética busca o oculto presente no todo, que é escondido pelas relações dadas.
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A dialética é o modo como se compreende e interpreta a realidade, buscando negar essa realidade que é contraditória e encontra-se em permanente transformação. Assim, a dialética é um modo de pensar a realidade de forma a desmistificá-la, buscando conhecer as determinações mais simples até as mais complexas presentes no real. Desse modo, a dialética interpreta a realidade considerando sua universalidade, sua particularidade e sua singularidade para que possa conhecer aquilo que é ocultado pelas relações sociais dadas num determinado momento. Nesse sentido, pode-se afirmar que o pensamento dialético não corresponde aos interesses da classe dominante e não é funcional a sua ideologia ao passo que esta classe deseja mistificar a realidade e apontá-la como imutável, estagnada. Afinal, a classe dominante não deseja que as bases que as sustentam sejam escancaradas e apontada a verdadeira origem de sua dominação (apropriação privada dos meios de produção), já que isto pode causar a sua derrocada. A dialética, então, pretende conhecer verdadeiramente a realidade que é encoberta pela relações dadas (no momento as relações capitalistas burguesas) sendo a forma de pensar que pode propiciar ao proletariado alcançar a sua revolução. A dialética, portanto, nos aponta que a realidade é passível de ser transformada e deve ser negada pois é contraditória.


RESPOSTA: CERTO

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A dialética, a grosso modo, pode ser entendida como corolário de idéias contrapostas: tese, antítese e síntese. Famosa é a fase de Heráclito a qual relaciona-se com a dialética: "Não se pode banhar duas vezes nas águas do mesmo rio, porque na segunda vez, nem você nem o rio serão mais os mesmos". Assim, percebe-se que a dialética afirma confusamente que uma coisa é e não é ao mesmo tempo. Uma mobilia construída de madeira, por exemplo, para a dialética ela é uma não-árvore, ou seja, ela é a negação da árvore, mas também não se pode dizer que ela não é uma árvore, porquanto construída a partir da matéria prima árvore, assim, correto dizer que a dialética busca o oculto presente no todo, pois, neste exemplo, podemos dizer que a dialética procura na mobília construída sua negação, ou seja, busca a árvore negada, (oculta) escondida na nova forma dada pelo trabalho humano. Não se é algo, mas se está algo. Tudo está sujeito à transformação, ao movimento da dialética, num eterno devir. O pensador alemão, Karl Marx construiu sua teoria com base na dialética hegeliana. Em Hegel a dialética encontra-se suspensa sobre as coisas, Hegel procura o espírito das transformações. Marx discute a dialética a partir das transformações reais ocorridas na infra-estrutura da sociedade. Marx então, para justificar o Socialismo Científico, encontra no Capitalismo sua própria negação: o proletariado. O proletariado é fruto do capitalismo, é do capitalismo, ao mesmo tempo em que o proletariado é a negação do capitalismo, a hidra revolucionária que despojaria a burguesia do poder.

A aparência pode enganar a imagem da essência. Também a essência se confunde com a aparência. Por isso a necessidade de desvelar o real.

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