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Q1875198 Psiquiatria
Uma mulher de 28 anos vem a consulta queixando de dispneia e palpitações. Além disso, pede auxílio para emagrecer, pois refere ganho de peso nos últimos meses. Sua pressão arterial está medindo 139x88 mmHg, com frequência cardíaca de 97 bpm. Relata não gostar de ir ao médico, e sempre fica ansiosa quando está no consultório. Seu peso é 74 quilos e a altura 1,60 m. O restante de seu exame físico é normal. Ao ser questionada se houve algum acontecimento que pudesse estar relacionada ao ganho de peso, refere que desde o término de seu noivado, há seis meses, estaria muito triste, “descontando” na comida e doces. Relata histórico de transtorno depressivo quando tinha cerca de 15 anos, com tratamento medicamentoso e psicológico. Sua mãe tem diagnóstico de Depressão Maior, com dois episódios de tentativas de suicídio.
Alternativas

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Tema Central da Questão: A questão aborda o manejo adequado de uma paciente adulta que apresenta sintomas psicológicos e fisiológicos, possivelmente associados a um quadro de ansiedade e depressão. A paciente também tem um histórico familiar de depressão maior e tentativas de suicídio, o que requer uma abordagem cuidadosa da saúde mental. Para resolver este tipo de questão, é necessário ter conhecimento sobre psicopatologia, manejo de transtornos mentais e a importância de uma abordagem integral e longitudinal no tratamento.

Alternativa Correta: C

A alternativa C sugere uma abordagem por prioridades, onde a paciente participa ativamente da escolha dos problemas a serem abordados, começando pela saúde mental. Essa estratégia é a mais indicada pois reconhece a importância do contexto emocional e psicológico da paciente, que inclui um histórico de depressão e a influência do término do noivado sobre seu estado atual. Além disso, a abordagem longitudinal permite um tratamento contínuo e adaptado às necessidades da paciente, sem a pressão de resolver todos os problemas em uma única consulta.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Propõe iniciar o tratamento da hipertensão com um betabloqueador. No entanto, a pressão arterial da paciente está elevada, mas não em níveis que justificam um diagnóstico de hipertensão. A prioridade deve ser a saúde mental, considerando o histórico da paciente.

B - Afirma que não há relação hereditária no transtorno depressivo, o que é incorreto. Há evidências de predisposição genética para a depressão, o que é reforçado pelo histórico familiar da paciente. Além disso, a questão não é apenas sobre hereditariedade, mas sobre abordar a saúde mental de forma ampla.

D - Sugere o uso de ansiolíticos e inibidores de apetite, mas comete erros. A fluoxetina é um antidepressivo, não um ansiolítico, e a combinação com a sibutramina pode não ser apropriada sem considerar as condições de saúde mental da paciente. Abordagens farmacológicas devem ser cuidadosas e baseadas em um diagnóstico preciso.

Conclusão: A escolha correta é a alternativa C, que propõe uma abordagem centrada na saúde mental e na participação ativa da paciente no processo de tratamento, sempre considerando o histórico e as necessidades emocionais.

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