A região de Essequibo, localizada no norte do continente su...
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A região de Essequibo, situada no norte do continente sul-americano, tem sido palco de uma disputa política e territorial que destaca as complexidades das relações internacionais na América do Sul. Reivindicada pela Venezuela e atualmente administrada pela Guiana, Essa crise remonta a disputas históricas sobre a definição de fronteiras herdadas do período colonial. Este território, com mais de 159.000 km², é rico em recursos minerais, florestais e agrícolas, e se tornou ainda mais estratégico com a descoberta de petróleo na região, ampliando a relevância econômica do conflito.
A controvérsia tem raízes no Tratado de Arbitragem de 1899, que concedeu a maior parte do território do Essequibo à então colônia britânica, hoje Guiana. No entanto, a Venezuela rejeitou posteriormente o acordo, alegando manipulação por parte da arbitragem e buscando uma revisão da soberania territorial. Essa situação foi exacerbada em 1966, quando a Guiana conquistou sua independência do Reino Unido, e a Venezuela intensificou sua reivindicação. Desde então, o caso tem sido mediado por organismos internacionais, incluindo a ONU, mas sem solução definitiva. A geopolítica da região é amplamente influenciada por esses fatores históricos, juntamente com interesses de atores externos interessados nos recursos naturais do território.
Economicamente, o Essequibo apresenta grande potencial, tanto pelo seu solo fértil quanto pelas recentes descobertas de petróleo, especialmente no bloco Stabroek, operado por consórcios liderados pela ExxonMobil. Essas descobertas transformaram a Guiana em um dos países de maior crescimento econômico do mundo nos últimos anos. Por outro lado, a Venezuela enfrenta uma crise humanitária e econômica severa, o que coloca em xeque sua capacidade de sustentar reivindicações territoriais, ainda que o governo veja no Essequibo uma possibilidade de revitalização econômica. Essa disputa também reflete dinâmicas de poder no continente sul-americano, onde interesses econômicos e estratégicos frequentemente colidem com questões de soberania e autodeterminação.
A) INCORRETO. A Colômbia e a Venezuela têm relações historicamente conflituosas em razão de disputas fronteiriças e questões envolvendo grupos paramilitares, mas não estão envolvidas na questão do Essequibo.
B) CORRETO. A disputa territorial sobre o Essequibo coloca em lados opostos a Venezuela, que reivindica o território, e a Guiana, que atualmente o administra. Esta é uma crise consolidada na história política da América do Sul, envolvendo interesses econômicos e estratégicos de ambos os países.
C) INCORRETO. A Guiana Francesa é um território ultramarino da França, não sendo parte da disputa territorial envolvendo a Venezuela e a Guiana. Essa alternativa confunde a geografia política da região.
D) INCORRETO. Não há nenhuma relação territorial ou política direta entre a Colômbia e a Guiana Francesa no contexto do Essequibo. Essa alternativa está incorreta pela ausência de vínculo com a temática da questão.
A disputa do Essequibo é um exemplo clássico de como questões territoriais podem ter raízes históricas profundas e se conectar a interesses econômicos contemporâneos.
Resposta: B
Gabarito do Professor: B
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