Está na voz passiva o verbo da oração “Considerava-se a fei...

Considerava-se a feijoada um prato regional” (passar para a voz ativa).

QUANDO EXISTIR A VOZ PASSIVA sintética, geralmente omite-se o AGENTE DA PASSIVA – que é aquele que realmente praticaria a ação de considerar a feijoada um prato regional. Todavia, diante de sua omissão, diz-se que ele é indeterminado. ASSIM:

Quem considera está na frase? NÃO. Está indeterminado – logo ao passar para a voz ativa, deverá ficar como sujeito indeterminado e para isso, deveremos deixar o verbo na 3 PESSOA DO PLURAL, que é um dos casos de INDERTEMINAÇÃO DO SUJEITO.

ELES CONSIDERAVAM A FEIJOADA UM PRATO REGIONAL.

ELES – SUJEITO INDETERMINADO, não sei quem são (eles). 

Eu aprendi que o sujeito será indeterminado quando a partícula "SE" for ndice indeterminante do sujeito, mas para isso, o verbo não poderá ser transitivo.

Mas pela explicação acima, parece-me que temos um sujeito indeterminado, mas com a partícula "SE" sendo apassivadora.

Não consegui entender

Considerava-se a feijoada > voz passiva sintética

A feijoada era considerada > voz passiva analítica > por quem? não se sabe > não há agente da passiva

Consideraram a feijoada > voz ativa

Quando não houver agente da passiva, o verbo na voz ativa ficará em 3 pessoa do plural, para marcar um sujeito indeterminado:

O aluno foi elogiado

Elogiaram o aluno

Curiosidade:

Considerava-se a feijoada um prato regional>> adjunto adnominal do sujeito paciente.

Consideravam a feijoada um prato regional>>> predicativo do objeto.

VOZ PASSIVA:

• É utilizada para impessoalizar a informação. ( omitir o agente da passiva).
• DAR ÊNFASE AO ALVO DA AÇÃO.
• Em regra, voz passiva ocorre com VTD.
• Na voz passiva, há VTD; mas não, OD
• Quando o AGENTE da PASSIVA não for expresso, na passagem para a voz ativa o VERBO ficará na 3º pessoa do plural [ agente da passiva indeterminado ]
• VEJA O QUÉ O PESTANA FALA:

(11)Come-se bem aqui nesta cidade. / (12) Come-se bem aqui nesta cidade uma bela feijoada. No exemplo (11) temos um caso de sujeito indeterminado. Mas isso só acontece porque não há termo na oração que possa funcionar como sujeito, visto que todos são adjuntos adverbiais. Logo, “alguém come”, mas não se pode precisar quem.Já no exemplo (12) há um sujeito simples: “uma bela feijoada”. É equivalente a “Uma bela feijoada é comida.”. Como se pode observar, foi só aparecer um termo que pudesse se adequar à função de sujeito que se transformou uma oração de sujeito indeterminado em uma oração caracterizada por verbo em voz passiva.”

Por isso, não confunda a partícula se (indeterminadora) com se (apassivadora). A partícula apassivadora aparece com verbo transitivo direto sem estar seguido de termo preposicionado e pode-se desdobrar a oração que a contém em passiva analítica; isso já não ocorre com o verbo acompanhado da partícula de indeterminação do sujeito.

– Vendeu-se tudo da loja. (Tudo da loja foi vendido.)

– Duvida-se de tudo hoje em dia. (De tudo é duvidado hoje em dia? (construção

inexistente)

Note que o verbo concorda com o sujeito. Segundo a gramática tradicional, a construção

“Vendeu-se todos os produtos da loja.” estaria incorreta, devendo ser “Venderam-se todos

• os produtos da loja.” (= Todos os produtos da loja foram vendidos.).