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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2015 - TJ-RO - Médico Cardiologista |
Q781497 Medicina
Paciente de 28 anos é atendido no ambulatório com queixas de dispneia aos esforços, fadiga e palpitações. Ao exame físico, encontra-se orientado, acianótico e eupneico. Presença de desdobramento de B2 fixo e amplo . Eletrocardiograma com o eixo do QRS desviado para a direita e bloqueio incompleto do ramo direito. Nesse caso, a hipótese considerada foi a seguinte cardiopatia congênita:
Alternativas

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Para resolver a questão apresentada, é fundamental compreender o contexto de cardiopatias congênitas, especificamente as manifestações clínicas e os achados eletrocardiográficos associados a cada uma delas.

A alternativa correta é: E - comunicação interatrial (CIA).

Justificativa da alternativa correta:

A comunicação interatrial é uma cardiopatia congênita caracterizada por uma abertura no septo interatrial, permitindo o fluxo de sangue entre os átrios direito e esquerdo. Clinicamente, é comum apresentar sintomas como dispneia aos esforços, fadiga e palpitações, que foram relatados pelo paciente no enunciado.

O desdobramento fixo e amplo de B2 é um achado clássico associado à CIA, resultante do aumento do fluxo sanguíneo através da válvula pulmonar. Além disso, o desvio do eixo do QRS para a direita e o bloqueio incompleto do ramo direito no eletrocardiograma são achados comuns em pacientes com comunicação interatrial.

Análise das alternativas incorretas:

A - tronco arterial comum: Esta condição envolve um único grande vaso sanguíneo saindo do coração, que não é compatível com os achados do exame físico e eletrocardiograma descritos. Não causa o desdobramento fixo de B2.

B - persistência do canal arterial: Caracterizado por um sopro contínuo e pulsos periféricos salientes, não apresenta desdobramento fixo de B2.

C - síndrome de Eisenmenger: É uma complicação tardia de uma cardiopatia congênita não tratada, onde ocorre a inversão do shunt, levando à cianose, o que não é compatível com o paciente acianótico do enunciado.

D - comunicação interventricular: Embora também seja uma cardiopatia congênita, ela frequentemente se associa a sopros e hipertensão pulmonar, e não tipicamente ao desdobramento fixo de B2.

Para interpretar questões como essa, é crucial reconhecer características clínicas e eletrocardiográficas associadas a diferentes cardiopatias congênitas. Pratique relacionar sinais e sintomas apresentados com o conhecimento teórico adquirido.

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A resposta correta é a alternativa E, comunicação interatrial. A comunicação interatrial é uma cardiopatia congênita em que há um orifício na parede que separa os dois átrios do coração. Isso pode levar a uma sobrecarga de volume no lado direito do coração, resultando em desdobramento de B2 fixo e amplo, além de desvio do eixo do QRS para a direita e bloqueio incompleto do ramo direito no ECG. Os sintomas relatados pelo paciente, como dispneia aos esforços, fadiga e palpitações, também são condizentes com a doença. É importante que o paciente seja encaminhado para um especialista para o diagnóstico definitivo e tratamento adequado.

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