“A Alemanha produziu a filosofia da história e seu antídoto:...
“A Alemanha produziu a filosofia da história e seu antídoto: Hegel e Ranke são respectivamente, os maiores representantes da filosofia da história e da história cientifica.” (Reis, José Carlos. A História entre a filosofia e a ciência. São Paulo. Ática. 1996. p. 11)
Tendo como premissa as concepções sobre história no século XIX, analise as proposições a seguir.
I- A história, para Ranke, era o reino do Espírito, que se manifestava de forma individual. Há uma ligação entre individualidades particulares – os indivíduos – e individualidade coletivas – nações e épocas: uma harmonia, uma individualidade integral, que não é estática, mas trabalhada por tendências que lhe dão sentido.
II- A escola histórica científica alemã é iluminista. Não é o espírito que produz a história, mas o povo nação e os seus líderes instalados no Estado. O iluminismo que sustentará esta historiografia será aquele evolucionista, progressista e gradualista.
III- Dilthey comunga fortemente com o pensamento rankeano e afirma que a objetividade histórica é sempre possível desde que se pratique o método erudito do apego aos fatos objetivos.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
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A alternativa A - I é a correta.
Agora, vamos explicar por que essa alternativa é a correta e as outras não.
Conceitos Centrais: Para resolver essa questão, é importante compreender as contribuições de Hegel e Ranke para a história, além de entender a crítica e a distinção entre a filosofia da história e a história científica.
Alternativa I: A proposição está correta. Leopold von Ranke é conhecido por sua abordagem científica da história, enfatizando a importância dos documentos e das fontes primárias. A proposição reflete a ideia de que Ranke via a história como uma manifestação do espírito através das individualidades, que se expressavam em nações e épocas. Essa visão reconhece uma harmonia e dinâmicas que conferem sentido à história, o que está em consonância com seu pensamento.
Alternativa II: Esta proposição está incorreta. A escola histórica científica alemã, representada por Ranke, não é iluminista. Ranke se distanciou do iluminismo, que era caracterizado por ser progressista e evolucionista, ao focar na objetividade e no empirismo, rejeitando a ideia de que havia um progresso linear na história. Sua abordagem era mais realista e menos idealista do que a sugerida pela proposição.
Alternativa III: Esta proposição também está incorreta. Wilhelm Dilthey, embora tenha se interessado por métodos científicos na história, não compartilhava a visão de Ranke sobre a total objetividade histórica. Dilthey acreditava que a compreensão histórica envolvia mais do que apenas fatos objetivos; para ele, a interpretação era essencial devido ao caráter subjetivo da experiência humana.
Portanto, é correto apenas o que se afirma na alternativa I, pois ela reflete corretamente o pensamento rankeano sobre a história como uma manifestação do espírito, sem cair em simplificações iluministas ou na crença de uma objetividade total.
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