Entre as características desejáveis no trabalho interprofiss...

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Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MS Prova: CESPE - 2010 - MS - Psicólogo |
Q64530 Psicologia
Acerca do trabalho da equipe interprofissional, julgue os itens a
seguir.

Entre as características desejáveis no trabalho interprofissional, o corporativismo aparece como primordial, pois promove prática profissional pensada e discutida com profissionais de outras áreas.
Alternativas

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Alternativa correta: E - errado

Vamos entender a questão:

A questão aborda o trabalho da equipe interprofissional. Esse conceito refere-se a equipes compostas por profissionais de diferentes áreas que trabalham juntos de forma colaborativa para atender melhor as necessidades dos usuários.

Para resolver essa questão, é necessário compreender as características desejáveis em um trabalho interprofissional. Aqui, o termo "corporativismo" é um ponto central.

Corporativismo é a defesa de interesses específicos de um grupo profissional, que pode inclusive se sobrepor ao bem comum ou ao interesse do grupo como um todo. No contexto interprofissional, o corporativismo é contraproducente, uma vez que cada profissional pensa mais nos interesses de sua própria profissão do que no serviço integrado e eficaz para o paciente ou cliente.

No trabalho interprofissional, o que se busca é a colaboração, a comunicação eficaz e a integração de conhecimentos de diferentes áreas. Essas são as características desejáveis, pois permitem que os profissionais possam discutir e planejar conjuntamente, sempre focando no melhor resultado para o usuário.

Portanto, a afirmativa de que o corporativismo é primordial no trabalho interprofissional está errada. Na verdade, ele é um obstáculo para o bom funcionamento de uma equipe interprofissional.

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O sentido mais usual de corporativismo é ‘defesa dos próprios interesses em detrimento dos interesses da coletividade’. O termo é empregado quando uma categoria profissional organizada (uma “corporação”) mobiliza-se para garantir algum direito ou privilégio. Fala-se então em exercício de “espírito de corpo” – ou em “corporativismo” – geralmente em tom pejorativo. Essa ação pode envolver desde a pressão por reajustes salariais, até a criação de proteções contra a concorrência numa economia de mercado.

Num sentido mais específico, corporativismo é uma doutrina ideológica que defende que a ordem política, econômica e social não pode estar centrada nem no indivíduo e nas suas iniciativas (como pretende o liberalismo), nem nas classes sociais e no conflito entre elas (como sustenta o marxismo). Uma sociedade deve ser constituída por agrupamentos profissionais organizados (isto é, corporações) tutelados por um Estado autoritário. Nesse caso, a disputa política e/ou a representação de interesses sociais, por exemplo, não deveriam ser feitas por meio de partidos políticos. Os partidos segmentam a sociedade em muitas “partes” (essa é a origem do nome), incentivando a concorrência pelo poder e o conflito social com base em projetos ideológicos muito diferentes entre si. Ao contrário, se os indivíduos e seus interesses forem reunidos em grandes corporações profissionais (empresários da indústria, trabalhadores do comércio, profissionais liberais, etc.), o Estado pode tanto regular a competição econômica (fixando salários e preços) como atuar preventivamente contra a luta de classes (conciliando interesses contraditórios). A colaboração entre as classes é uma das ideias-força dessa doutrina. O corporativismo tem assim um sentido claramente autoritário e anticapitalista, ou ao menos antimoderno, já que se contrapõe às instituições características da sociedade industrial: mercado, conflito social, concorrência econômica, etc. 

A escola, ele se traduz muitas vezes no acobertamento de atitudes não profissionais, como relevar o fato de um professor faltar muito. O problema é que essa defesa de interesses pessoais quase sempre está em dissonância com o principal objetivo da escola, que é ensinar. 

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