Assinale a alternativa que completa o fragmento a seguir. A ...

Alternativa Correta: B - o teor de monóxido de carbono no sangue do coração estiver elevado.

A questão aborda um aspecto fundamental da Tanatologia Forense, um ramo da Medicina Legal que estuda a morte e os fenômenos a ela relacionados. Especificamente, a pergunta busca testar o conhecimento sobre os sinais que indicam se uma pessoa estava viva ou morta no momento de um incêndio.

Justificativa da Alternativa Correta:

A alternativa B está correta porque a presença de monóxido de carbono (CO) elevado no sangue indica que a pessoa estava respirando durante o incêndio, ou seja, estava viva. O monóxido de carbono é um gás tóxico produzido pela combustão incompleta e, quando inalado, se liga à hemoglobina do sangue formando carboxi-hemoglobina. Essa substância impede o transporte adequado de oxigênio, sendo um indicativo claro de que houve inalação deste gás tóxico enquanto a vítima ainda estava viva.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - "Houver bolhas em alguma região da pele."

Embora bolhas na pele possam ser um indicativo de queimaduras térmicas, elas não são suficientes para afirmar que a pessoa estava viva no momento do incêndio, pois podem ocorrer também post mortem devido ao calor intenso.

C - "O teor de metemoglobina estiver alto no sangue do coração."

A metemoglobina é uma forma oxidada da hemoglobina que não transporta oxigênio. Seu aumento não é específico para a inalação de fumaça ou exposição ao monóxido de carbono em incêndios, e pode ocorrer por outros fatores.

D - "Houver edema pulmonar."

Edema pulmonar é uma condição em que há acúmulo de líquido nos pulmões. Apesar de poder ser um sinal de inalação de fumaça, ele pode ocorrer por outras razões e não é um indicador específico de que a pessoa estava viva durante o incêndio.

E - "Houver ulcerações agudas no estômago."

Ulcerações agudas no estômago, também conhecidas como úlceras de Cushing, podem ocorrer devido ao estresse fisiológico intenso, mas não são um indicador direto de que a pessoa estava viva no momento do incêndio.

Espero que essa explicação tenha esclarecido suas dúvidas sobre a questão. Se precisar de mais alguma coisa, estarei por aqui para ajudar!

O monóxido de carbono impede que a hemoglobina adquira oxigênio (carboxhemoglobina, o monóxido de carbono “gruda” na hemoglobina, impedido que o oxigênio entre). Quando a concentração de monóxido de carbono no sangue (carboxhemoglobina, é o monóxido de carbono com hemoglobina) ultrapassa 50%, o perigo de morte é iminente, por isso é que as mortes em incêndio se dão, na grande maioria das vezes, por intoxicação com monóxido de carbono e não por queimaduras. As vísceras e o sangue da vítima, na intoxicação pelo monóxido de carbono, terão aspecto carminado (cor de cereja).

Outros sinais encontrados em vítimas de incêndio: Montalti e Devergi

Sinal de Montalti

O fogo faz fuligem, logo, quando uma pessoa morre em decorrência de um incêndio, em sua via respiratória é possível encontrar essa fuligem impregnada na mucosa, o que determina que a pessoa estava viva no incêndio – em incêndios, a causa da morte é, na grande maioria das vezes, por intoxicação com a fumaça e não por queimaduras.

Se não houver fuligem, a pessoa já estava morta antes do incêndio – mesmo nos casos de corpos carbonizados é necessária a necropsia, pois o normal é que os órgãos internos estão intactos.

Sinal de Devergi

Não se confunde coma rigidez cadavérica. Em qualquer cadáver, qualquer que tenha sido a causa da morte, se colocado dentro de um incêndio aparecerá o sinal de Devergi, que é uma alteração pós-morte (a posição do cadáver deixa parecer que ele estava a se defender do fogo, em posição de lutador, posição de boxer).