A economia política da comunicação é uma teoria que começa ...
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Ano: 2024
Banca:
CESGRANRIO
Órgão:
IPEA
Prova:
CESGRANRIO - 2024 - IPEA - Técnico de Planejamento e Pesquisa - Comunicação Social e Divulgação Científica |
Q2380328
Comunicação Social
A economia política da comunicação é uma teoria que
começa a se desenvolver nos anos 1960. Um de seus
principais expoentes na América Latina é César Bolaño,
que escreveu em 2007 um artigo de onde foi retirado o
texto abaixo.
A problemática da subsunção do trabalho é, portanto, crucial, e a expropriação recorrente do conhecimento produzido pela classe trabalhadora faz parte, de uma ou de outra forma, dessa problemática, desde o início. A sua acumulação primitiva, primeiro, é que permite, de fato, o real domínio do capital sobre processos de trabalho que ele próprio não inventou, mas herdou do artesanato, aperfeiçoando-os, ao adicionar-lhes o trabalho de mecânicos, engenheiros e outros intelectuais. Essa reorganização dos processos de trabalho tinha como objetivo ampliar a produtividade e redundou, com a Primeira Revolução Industrial, na desqualificação generalizada da classe trabalhadora e a decorrente concentração do conhecimento no interior do capital. A isto Marx chama subsunção real do trabalho no capital, e a Segunda Revolução Industrial é definida por ele como a extensão desse processo ao setor produtor das próprias máquinas, com o que as potências do trabalho, a serviço da acumulação capitalista, ampliam- -se de forma exponencial. [...] O significado último do desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), vinculadas à Terceira Revolução Industrial, reside justamente na subsunção desse trabalho intelectual, o que vem acompanhado de uma intelectualização geral de todos os processos de trabalho convencionais e do consumo, de modo que o conjunto das relações de produção e das relações sociais em geral se altera para adequar-se às novas exigências da acumulação capitalista.
BOLAÑO, C. Trabalho, comunicação e desenvolvimento. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v.3, n.1, mar. 2007, p.33-42. Disponível em: http://www.ibict.br/liinc. Acesso em: 20 dez. 2023. Adaptado.
O ponto central discutido no texto é a(o)
A problemática da subsunção do trabalho é, portanto, crucial, e a expropriação recorrente do conhecimento produzido pela classe trabalhadora faz parte, de uma ou de outra forma, dessa problemática, desde o início. A sua acumulação primitiva, primeiro, é que permite, de fato, o real domínio do capital sobre processos de trabalho que ele próprio não inventou, mas herdou do artesanato, aperfeiçoando-os, ao adicionar-lhes o trabalho de mecânicos, engenheiros e outros intelectuais. Essa reorganização dos processos de trabalho tinha como objetivo ampliar a produtividade e redundou, com a Primeira Revolução Industrial, na desqualificação generalizada da classe trabalhadora e a decorrente concentração do conhecimento no interior do capital. A isto Marx chama subsunção real do trabalho no capital, e a Segunda Revolução Industrial é definida por ele como a extensão desse processo ao setor produtor das próprias máquinas, com o que as potências do trabalho, a serviço da acumulação capitalista, ampliam- -se de forma exponencial. [...] O significado último do desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), vinculadas à Terceira Revolução Industrial, reside justamente na subsunção desse trabalho intelectual, o que vem acompanhado de uma intelectualização geral de todos os processos de trabalho convencionais e do consumo, de modo que o conjunto das relações de produção e das relações sociais em geral se altera para adequar-se às novas exigências da acumulação capitalista.
BOLAÑO, C. Trabalho, comunicação e desenvolvimento. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v.3, n.1, mar. 2007, p.33-42. Disponível em: http://www.ibict.br/liinc. Acesso em: 20 dez. 2023. Adaptado.
O ponto central discutido no texto é a(o)