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RÚSSIA BOMBARDEIA LESTE DA UCRÂNIA, CENTRO DOS DEBATES EM DAVOS

       Depois de fracassar em sua tentativa de assumir o controle da capital ucraniana, Kiev, as tropas russas agora concentram seus esforços no leste do país.
        A Rússia continua neste domingo 22 com seus bombardeios no leste da Ucrânia cujo Presidente Volodymyr Zelensky, em um movimento de contra- -ofensiva diplomática, prepara-se para se dirigir nesta segunda-feira às elites políticas e econômicas mundiais reunidas em Davos.
       Depois de fracassar em sua tentativa de assumir o controle da capital ucraniana, Kiev, as tropas russas agora concentram seus esforços no leste do país. Lá os combates não dão trégua.
        Nesse contexto, o Parlamento ucraniano aprovou a prorrogação da lei marcial e a de mobilização geral até 23 de agosto.
      Segundo a presidência ucraniana, os bombardeiros russos atingiram as cidades de Mykolaiv, Kharkiv e Zaporizhia na noite de sábado. Na véspera, sete civis morreram, e dez ficaram feridos em Donetsk e, na região de Luhansk, uma pessoa faleceu, e duas ficaram feridas - todas em bombardeios, relatam os respectivos governadores.
     “Os russos estão voltando todos os seus esforços para conquistar severodonetsk”,afirmou o governador de Luhansk, Sergei Gaidaim, referindo-se a uma cidade que é estratégica para se conquistar toda a região de Luhansk.
       “A cidade está sendo destruída, como antes destruíram Rubizhn e Popasna”, denunciou Gaidai no sábado acrescentando que os russos destruíram a ponte de Pavlograd, o que complicará muito a retirada de civis e o fornecimento de ajuda humanitária”.
       Em seu relatório diário, o Estado-Maior ucraniano informou neste domingo que o Exército Russo seguia com seus ataques com mísseis e meios aéreos em todo território e até “aumentou a intensidade usando a força aérea para destruir infraestruturas cruciais”.
         Ontem, em entrevista a um canal de televisão ucraniano, o presidente Zelensky disse acreditar que “o fim [do conflito] será diplomático”. Segundo ele, a guerra “será Sangrenta, haverá combates, mas definitivamente terminará pelos canais diplomáticos”.
        Até o momento, foram realizadas várias reuniões entre negociadores de ambos os lados, mas sem resultados concretos.
O presidente polonês, Andrzej Duda, que visitou Kiev neste domingo, assegurou que, a partir de agora será impossível lidar com a Rússia “como sempre se fez”.
        “Depois de Bucha, Borodianka, Mariupol, não pode haver mais ‘business as usual’ (‘negócios como de costume’, em tradução literal do inglês) com a Rússia” declarou, em discurso no Parlamento ucraniano em que é sendo o primeiro chefe de estado estrangeiro a fazê-lo desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.
    Em Bucha e Borodianca, ocupadas e posteriormente abandonadas pelo Exército Russo, centenas de civis foram encontrados mortos após a passagem das forças de Moscou. E no Sudeste da Ucrânia, a cidade portuária de Mariupol foi deixada em ruínas após meses de cerco e bombardeios incessantes que mataram pelo menos 20.000 civis, segundo as autoridades ucranianas.
        O presidente polonês também disse que não descansará “até que a ucrânia seja membro da União Europeia”.
        Em uma entrevista hoje à rádio local J, o ministro-delegado francês para Assuntos Europeus, Clément Beaune, insistiu, porém, em que a adesão de Kiev à UE levará, provavelmente,15, ou 20, anos”.
        “Enquanto isso, devemos aos ucranianos (…) um projeto político, no qual eles possam entrar”, continuou referindo-se à proposta do presidente francês, Emmanuel Macron, de que a Ucrânia entre em uma “comunidade política europeia” um “complemento” ao processo de adesão.
        Zelensky, que rejeita o plano de Macron, prepara- -se para discursar, por videoconferência, no Fórum Econômico de Davos, que acontece na Suiça a partir de segunda-feira 23, após uma pausa de dois anos pela pandemia da covid-19.
        A expectativa é que ele usará esta nova tribuna para pedir aos líderes mundiais que forneçam mais ajuda a Kiev, tanto financeira quanto militar.
        Zelensky será o primeiro chefe de Estado a discursar amanhã. Muitos políticos ucranianos estarão presentes em Davos, de onde os russos foram excluídos.
        Para o fundador do Fórum de Davos, klaus Schwab, a edição de 2022 chega no momento mais oportuno e é o mais importante desde sua criação, há mais de 50 anos.
        “A agressão da Rússia (...) será vista nos livros de história como o colapso da ordem nascida após a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria” afirmou ele, em um “briefing” realizado esta semana.
        A Ucrânia continuará sua ofensiva diplomática na assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS), inaugurada neste domingo e onde apresenta, na próxima terça-feira, um projeto de resolução a seus 194 Estados-membros.
        No texto, deve denunciar os ataques cometidos por Moscou contra seu sistema de saúde, condenar as consequências gravíssimas da invasão e do bloqueio dos portos ucranianos no abastecimento mundial de grãos, assim como no aumento dos preços.
        Neste fim de semana, a Rússia publicou uma lista de 963 personalidades americanas proibidas de entrarem no país, em represália por sanções similares adotadas por Washington. A relação de nomes inclui Biden, seus secretários de Estado (Antony Blinken) e da Defesa (Lloyd Austin) e até o presidente da Meta. Mark Zuckerberg.

https://www.cartacapital.com.br/mundo/russia-bombardeia- -leste-da-ucrania-centro-dos-debates-em-davos/ Texto Adaptado. Último acesso 23/05/2022.
Em “Depois de fracassar em sua tentativa de assumir o controle da capital ucraniana, Kiev, as tropas russas agora concentram seus esforços no leste do país. os combates não dão trégua.” O termo em destaque (em negrito e sublinhado) exerce, entre as partes, uma relação: 
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