Leia o trecho de B. Fausto sobre as divisões sociais no Bras...
“Um princípio básico de exclusão distinguia determinadas categorias sociais, pelo menos até uma carta-lei de 1773. Era o princípio de pureza de sangue. Impuros eram os cristãosnovos, os negros, mesmo quando livres, os índios em certa medida e as várias espécies de mestiços. Eles não podiam ocupar cargos de governo, receber títulos de nobreza, participar de irmandades de prestígio etc. A carta-lei de 1773 acabou com a distinção entre cristãos antigos e novos, o que não quer dizer que daí para frente o preconceito tenha se extinguido.”
Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2015, p.58.
Das questões associadas à pureza de sangue, essas concepções marcam
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A alternativa correta é a D. Vamos entender o porquê.
O excerto de Boris Fausto discute o conceito de "pureza de sangue" na sociedade colonial brasileira, um critério utilizado para justificar a exclusão de determinados grupos sociais, como cristãos-novos, negros e mestiços. Esse conceito estava ligado a uma estrutura de desigualdade social profundamente enraizada no contexto colonial.
Alternativa D: Ela é a correta porque destaca a oposição entre a elite-branca, portuguesa, cristã-católica aristocrática e a população nativa e escravizada, que eram marginalizadas por critérios biológicos. Essa divisão era evidente no Brasil colonial, onde as hierarquias sociais eram fortemente influenciadas por raça e origens étnicas, refletindo o sistema de castas importado da Europa.
Alternativa A: Essa alternativa está incorreta porque menciona uma lógica determinística e darwinista para justificar a exclusão, o que não é adequado para o período colonial. O darwinismo social é uma teoria do século XIX, enquanto a questão da pureza de sangue é muito anterior e ligada a preconceitos religiosos e raciais.
Alternativa B: Incorreta, pois afirma que a riqueza estava concentrada nas mãos dos nativos brasileiros, o que não condiz com a realidade histórica. A riqueza no período colonial estava principalmente nas mãos da elite branca, portuguesa, e dos grandes proprietários rurais.
Alternativa C: Também está incorreta, pois menciona religiões de matriz tupi-guarani ou banto-iorubá conservando união endogâmica, o que não é o foco da discussão de pureza de sangue no texto de Boris Fausto. A questão tratava mais da hierarquia racial e menos das práticas religiosas.
Entender o conceito de pureza de sangue e como ele se aplicava na sociedade colonial brasileira é vital para compreender a formação das desigualdades sociais e das estruturas de poder que perduraram por séculos no Brasil.
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