Conforme as regras de colocação e uso dos pronomes, a reescr...
Seria necessário refletir sobre isso seriamente: por que saltamos à água para socorrer alguém que está se afogando, embora não tenhamos por ele qualquer simpatia particular? Por compaixão: só pensamos no próximo - responde o irrefletido. Por que sentimos a dor e o mal-estar daquele que cospe sangue, embora na realidade não lhe queiramos bem? Por compaixão: nesse momento não pensamos mais em nós - responde o mesmo irrefletido. A verdade é que na compaixão - quero dizer, no que costumamos chamar erradamente compaixão - não pensamos certamente em nós de modo consciente,mas inconscientemente pensamos e pensamos muito, da mesma maneira que, quando escorregamos, executamos inconscientemente os movimentos contrários que restabelecem o equilíbrio, pondo nisso todo o nosso bom senso. O acidente do outro nos toca e faria sentir nossa impotência, talvez nossa covardia, se não o socorrêssemos. Ou então traz consigo mesmo uma diminuição de nossa honra perante os outros ou diante de nós mesmos. Ou ainda vemos nos acidentes e no sofrimento dos outros um aviso do perigo que também nos espia; mesmo que fosse como simples indício da incerteza e da fragilidade humanas que pode produzir em nós um efeito penoso. Rechaçamos esse tipo de miséria e de ofensa e respondemos com um ato de compaixão que pode encerrar uma sutil defesa ou até uma vingança. Podemos imaginar que no fundo é em nós que pensamos, considerando a decisão que tomamos em todos os casos em que podemos evitar o espetáculo daqueles que sofrem, gemem e estão na miséria: decidimos não deixar de evitar, sempre que podemos vir a desempenhar o papel de homens fortes e salvadores, certos da aprovação, sempre que queremos experimentar o inverso de nossa felicidade ou mesmo quando esperamos nos divertir com nosso aborrecimento. Fazemos confusão ao chamar compaixão ao sofrimento que nos causa um tal espetáculo e que pode ser de natureza muito variada, pois em todos os casos é um sofrimento de que está isento aquele que sofre diante de nós: diz-nos respeito a nós tal como o dele diz respeito a ele. Ora, só nos libertamos desse sofrimento pessoal quando nos entregamos a atos de compaixão. [...] 133. “Não pensar mais em si”
NIETZSCHE, Friedrich. Aurora . Trad. Antonio Carlos Braga. São Paulo: Escala, 2007. p. 104-105
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Alternativa correta: A
Pronome átono – Roteiro
1º : o, a, os, as = Objeto Direto X lhe, lhes = Objeto indireto.
Adaptação: Verbos terminados em : R, S e Z. Retira-se a terminação e substitui por: lo(s), la(s)
Verbos terminados em: M, ~, acrescenta-se: no (s), nas (s).
Como resolver?
“... por que saltamos à água para socorreR ALGUÉM”
Quem socorre, socorre alguém. Logo, trata-se de verbo transitivo direto (V.T.D), sendo assim, ALGUÉM é o objeto direito.
Como o verbo é V.T.D. já podemos excluir as alternativas “a” e “c”, pois o pronome átono “lhe” só é utilizado para substituir objeto indireto.
Por fim, sabendo-se que o verbo termina com a consoante “R” verificamos que a substituição será feita com lo(s), la(s). Sendo assim, podemos excluir as alternativas “d” e “e”, afinal, só usaremos no (s), na(s), quando o verbo terminar em M, ~.
Bons estudos! \o
Isaias Cha Grande -PE
alternativa correta: B
VTD terminados em R,S,Z ---> corta-se a terminação e substitui por LO, LA
“... por que saltamos à água para socorrer ALGUÉM”
por que saltamos à água para socorrê-lo.
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