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Mati Diop discute colonialismo na Berlinale com
documentário sobre relíquias roubadas de Benin

Por RODRIGO FONSECA, de Berlim

Sob a bênção dos orixás, a atriz e diretora Mati Diop, francosenegalesa que ganhou fama depois de conquistar o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes com "Atlantique" (2019), abriu uma frente importante para as narrativas de não ficção na disputa pelo Urso de Ouro de 2024. Na manhã deste domingo, ela exibiu em solo alemão o .doc "Dahomey" – e colecionou elogios. A produção reconstitui o processo de regresso de 26 relíquias ao governo do Benin. São obras de arte (algumas de cunho religioso) expatriadas para a França durante o jugo colonial de países africanos.
"Faço cinema para tornar os fatos tangíveis para as pessoas", disse Mati, na Berlinale.
Sua narrativa flerta com a fantasia ao dar voz a uma das estatuetas em trânsito, uma carranca que ganha o nome de 26. A partir dela, ouvimos reflexões sobre pertença, identidade e brutalidade da colonização. Em resposta ao JORNAL DO BRASIL, Mati destacou a presença do músico Wally Badaron, um colaborador de Carlinhos Brown.
"Esse filme nasceu como um projeto de ficção e eu queria que ele contasse com a dimensão de fantasia de um artista de origem africana", disse a cineasta ao JB. "Essa história fala da originalidade da nossa cultura".


Disponível em: <Mati Diop discute colonialismo na Berlinale com
documentário sobre relíquias roubadas de Benin (jb.com.br)>. Acesso em: 21 fev. 2024. [Adaptado].
Na fala da cineasta, ao afirmar "Faço cinema para tornar os fatos tangíveis para as pessoas", a expressão “fatos tangíveis” expressa o sentido de
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