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Q1071671 Medicina
Paciente de 5 anos é levado ao pronto-socorro pela mãe que refere que ele ingeriu uma peça pequena do brinquedo do irmão mais velho há cerca de meia hora. Refere que a criança passou a apresentar tosse, salivação, irritabilidade e recusa alimentar. Foi realizada radiografia de tórax e abdome sem visualização de corpo estranho. A conduta correta nesse caso é
Alternativas

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O tema central dessa questão gira em torno do manejo de corpos estranhos ingeridos por crianças, com foco particular em situações em que o corpo estranho pode estar impactado no esôfago. A compreensão dos sintomas e a interpretação correta dos exames de imagem são essenciais para decidir a conduta adequada.

Alternativa correta: B - Indicar endoscopia de emergência pela suspeita de corpo estranho impactado em esôfago.

A alternativa B é a correta porque os sintomas apresentados pela criança, como tosse, salivação, irritabilidade e recusa alimentar, são indicativos de que o corpo estranho pode estar impactado no esôfago. Ainda que a radiografia de tórax e abdome não tenha mostrado o objeto, é importante lembrar que muitos corpos estranhos, especialmente os feitos de materiais como plástico, não são visíveis na radiografia. A endoscopia de emergência é necessária para visualizar e possivelmente remover o corpo estranho, evitando complicações.

Vamos analisar por que as outras opções estão incorretas:

A - Manter o paciente em observação por pelo menos 24 horas: Essa conduta é inadequada, pois os sintomas indicam uma possível obstrução esofágica que requer intervenção imediata. Somente observar poderia atrasar o tratamento necessário, aumentando o risco de complicações.

C - Solicitar internamento, prescrever laxantes e observar as fezes: Essa abordagem é mais adequada para objetos que já passaram do esôfago e estão no trato gastrointestinal mais distal. No entanto, os sintomas da criança indicam que o objeto ainda está no esôfago, tornando laxantes ineficazes e, em alguns casos, perigosos.

D - Dar alta, orientando a mãe a observar as fezes: Essa alternativa desconsidera a gravidade dos sintomas e a possibilidade de uma obstrução esofágica. Dar alta sem investigar mais a fundo com uma endoscopia pode negligenciar um risco significativo à saúde da criança.

E - Observar o paciente por cerca de 12 horas e, se não houver melhora, solicitar tomografia: A tomografia pode não ser o exame mais imediato e eficaz para essa situação, especialmente porque a endoscopia permite tanto diagnóstico quanto tratamento. A observação passiva diante de sintomas sugestivos de obstrução é inadequada.

Essas análises reforçam a necessidade de uma abordagem rápida e eficaz quando lidamos com a ingestão de corpos estranhos em crianças, visando sempre a segurança e o bem-estar do pequeno paciente.

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A resposta correta é a alternativa B, indicar endoscopia de emergência pela suspeita de corpo estranho impactado em esôfago. A história clínica do paciente sugere que ele possa ter ingerido um corpo estranho e os sintomas apresentados podem ser decorrentes disso. A radiografia de tórax e abdome não é suficiente para descartar a presença de um corpo estranho. É importante que seja realizada uma endoscopia para avaliar a presença e localização do corpo estranho e, se necessário, realizar sua remoção. A conduta de observação ou prescrição de laxantes não é adequada nesse caso, pois pode haver risco de complicações se houver de fato um corpo estranho impactado no esôfago.

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