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Q2541860 Biologia

Antropoceno: ter ou não ter, eis a questão!


A União Internacional de Ciências Geológicas acaba de rejeitar a criação dessa nova unidade de tempo geológico, proposta para caracterizar o mundo em que vivemos hoje, que tem sido alterado pela influência da ocupação humana. [...]


Para exemplificar, o mais famoso acontecimento global foi a extinção em massa ocorrida há 66 milhões de anos, quando um meteorito de grandes proporções atingiu o planeta, levando à extinção dos dinossauros não-avianos e outros organismos, como pterossauros (répteis alados) e ictiossauros (répteis marinhos). Esse evento global separa os períodos Cretáceo e Paleógeno, evidenciado por uma fina camada rica em irídio – um elemento químico raro na Terra, mas comum em meteoritos. [...]

O tempo geológico em que vivemos é a época Holoceno, que teve o seu início há aproximadamente 11,7 mil anos, depois da última glaciação. Foi o químico neerlandês Paul Crutzen (1933-2021), vencedor do Prêmio Nobel de 1995, que, em uma reunião científica no ano 2000, resolveu utilizar a expressão Antropoceno (do grego anthropo + ceno , que significa, respectivamente, humano + novo) para chamar a atenção que o mundo atual se diferencia bastante do restante do Holoceno.

O termo, que já havia sido empregado antes pelo ecólogo norte-americano Eugene Stoermer (1934-2012), pegou! Artigos em revistas científicas, mídia e pesquisadores de diferentes áreas passaram a defender que uma nova unidade de tempo geológico fosse reconhecida. Uma comissão denominada Grupo de Trabalho do Antropoceno foi criada, envolvendo muitos pesquisadores não ligados às geociências. E, depois de 15 anos, finalmente a comissão fez uma proposta de validação dessa nova época, que teria se iniciado em torno de 1950, tendo como marcador a concentração, nas camadas de sedimentos, de plutônio, um elemento químico radioativo resultante dos primeiros testes de armas nucleares. Ou seja, isso significa que o Holoceno teria sido 'extinto' há menos de um século.

[...]

Fonte: [Adaptado] KELLNER, A.W.A. Antropoceno: ter ou não ter, eis a questão! Revista Ciência Hoje, 2024. Disponível emRevista Ciência Hoje<https://cienciahoje.org.br/artigo/antropoceno-ter-ou-nao-ter-eis-a-questao>. Acesso em: jun. 2024.


A partir deste contexto, analise as afirmações a seguir:


I- A história geológica da Terra é representada por rochas e camadas, em unidades que compõem a escala do tempo geológico. Estas unidades são separadas por marcos encontrados nas rochas em escala global, desde a formação do planeta até os dias de hoje.

II- Uma vez que as unidades de tempo geológico são medidas em milhares ou milhões de anos, já que não há ferramentas para separar em uma escala de séculos, só seria possível caracterizar a separação do Holoceno do Antropoceno futuramente, em alguns milhares de anos.

III- O fim dos efeitos da glaciação e a estabilidade ecológica da fauna e flora são marcas do tempo geológico atual.


É CORRETO o que se afirma em:

Alternativas