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Ano: 2019 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Prova: IF-TO - 2019 - IF-TO - Professor - História |
Q1008262 História
“Cipriano Sardinha, crioulo/mulato, filho de um homem branco, português, Manoel Pires Sardinha, com sua escrava, a crioula Francisca Pires. Cipriano ordenou-se padre em Mariana. Mais tarde foi ao Daomé, com o padre Vicente Ferreira Pires, em missão oficial como embaixador de Portugal junto ao rei nativo. O segundo, o seu meio-irmão Simão Pires Sardinha, filho do mesmo pai e de Francisca da Silva de Oliveira, a famosa Chica da Silva. Simão foi correspondente da Real Academia de Ciências e chegou a ser distinguido com a Ordem de Cristo, vivendo grande parte da vida em Portugal, desfrutando dos círculos intelectuais iluministas reunidos em torno da Academia Real de Ciências”.
(FURTADO, Junia Ferreira. “Mulatismo, mobilidade e hierarquia nas Minas Gerais: os casos de Simão e Cipriano Pires Sardinha. In: MONTEIRO, Rodrigo... (el.ali.) Raízes do Privilégio. Mobilidade social no mundo ibérico do Antigo Regime. Rio de janeiro: Ed. Civilização brasileira, 2001, p. 358)
Assinale a alternativa incorreta:
Alternativas

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Gabarito Comentado:

A alternativa incorreta é a letra B. Para entender os motivos, é necessário analisar o contexto histórico dos indivíduos mencionados e o sistema em que estavam inseridos. Cipriano Sardinha e Simão Pires Sardinha, apesar de suas origens e raízes culturais africanas, estavam integrados ao sistema socioeconômico vigente, que era o escravocrata.

Cipriano Sardinha, especificamente, serviu como embaixador de Portugal no Daomé, o que indica seu alinhamento com os interesses da coroa portuguesa, não necessariamente uma oposição ao sistema ou uma valorização da cultura africana. Sendo assim, a ideia de que esses mestiços mulatos, por estarem vivendo no mundo dos privilegiados, não se opunham ao sistema escravocrata é correta, o que torna a alternativa B incorreta ao sugerir que a "sensibilidade e afirmação da cultura africana tenham sido de grande valia".

Ao contrário do que a alternativa B indica, a inserção e ascensão social desses indivíduos no mundo lusobrasileiro não eram pautadas por uma sensibilidade cultural africana, mas sim pelas oportunidades e privilégios acessados por meio de sua posição social e os recursos familiares.

Essa análise crítica do contexto e das informações históricas nos permite compreender as dinâmicas de poder e as estratégias de ascensão social no império português, principalmente em relação aos indivíduos de origem mestiça, como os mulatos, que, embora enfrentassem preconceitos e limitações, encontravam maneiras de navegar e até mesmo prosperar dentro das estruturas estabelecidas pelo regime colonial.

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Comentários

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Gabarito: B

Peças dentro do sistema escravocrata, esses mestiços mulatos vivendo no mundo dos privilegiados não se opunham a esse sistema socioeconômico, embora sua sensibilidade e afirmação da cultura africana tenham sido de grande valia, a exemplo de Cipriano Sardinha em missão diplomática ao Daomé.

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