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Ano: 2019 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Prova: IF-TO - 2019 - IF-TO - Professor - História |
Q1008263 História
Em “Preto no branco. Raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (1870-1930)”, Thomas E. Skidmore afirma que as décadas de 1920 e 1930 assistiram à consolidação do ideal do branqueamento e sua aceitação implícita pelos formadores de opinião e críticos sociais. Alguns cientistas vinham aderindo à tese do culturalismo puro; certos escritores brasileiros começavam a dispensar tratamento favorável à herança africana, a exemplo de Gilberto Freyre. Por outro lado, o nazismo ressuscitava argumentos hereditários para degradar judeus e negros. A elite brasileira colocava-se entre essas posições.
(SKIDMORE, THOMAS E. “Preto no branco. Raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (1870-1930)”. São Paulo: Ed. Cia das Letras, 2012, p. 244-245).
A propósito do nacionalismo brasileiro e a identidade racial, identifique o item incorreto:
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Thomas E. Skidmore, em sua obra "Preto no branco. Raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (1870-1930)", discorre sobre um período da história brasileira em que se consolidava o ideal de branqueamento. Este ideal era implicitamente aceito por influentes formadores de opinião e críticos sociais. Ao mesmo tempo em que alguns cientistas brasileiros adotavam um enfoque culturalista desvinculado de concepções raciais, escritores como Gilberto Freyre começavam a olhar de maneira positiva para a herança africana. Em contrapartida, o nazismo fazia reviver argumentos baseados em hereditariedade para marginalizar judeus e negros.

A elite brasileira, nesse contexto, posicionava-se em um espectro que oscilava entre esses dois extremos. Ao abordarmos o nacionalismo brasileiro e a questão da identidade racial, é necessário destacar um ponto incorreto:

Alternativa A: Roquete Pinto, conhecido antropólogo culturalista, destacou-se por contestar as premissas racistas que fundamentavam a antropogeografia, posicionando-se como uma exceção ao pensamento racista prevalente na época.

Alternativa B: Nina Rodrigues, apesar de suas notórias opiniões racistas, iniciou um ambicioso trabalho de documentação das manifestações culturais afro-brasileiras na Bahia.

Alternativa C: Monteiro Lobato, embora não reconhecesse a influência africana em sua literatura, valorizava o legado indígena. No entanto, é importante ressaltar que ele não se limitou a estes aspectos em seus personagens literários.

Alternativa D: Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre desafiou a visão racista que via a mestiçagem como prejudicial, reavaliando o passado racial do Brasil sob uma ótica otimista, celebrando a singularidade de uma civilização tropical mestiça.

Alternativa E: A obra de Oliveira Viana e Gilberto Freyre reflete o confronto entre dois projetos de nação: o branqueamento e a mestiçagem. Em 1935, frente ao crescimento do nazismo na Alemanha e do Integralismo no Brasil, intelectuais como Roquete Pinto e Gilberto Freyre lançaram um manifesto opondo-se ao preconceito racial, alertando para os perigos de se transplantar ideias racistas para uma sociedade multiétnica como a do Brasil.

O gabarito da questão é a Alternativa C, pois Monteiro Lobato é conhecido por suas obras que, infelizmente, contêm elementos racistas que vão além da construção de personagens literários, contradizendo a afirmativa de que ele não notava a presença africana em sua obra.

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Comentários

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GAB-C

SACI= era negro

GABARITO= C

SITIO

Saci Pererê era branco ?

Gab: C

Saci, Tia Nastácia, Tio Barnabé, etc!

Ô infância feliz, tempos bons sem mimimi.

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