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Ano: 2019 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Prova: IF-TO - 2019 - IF-TO - Professor - História |
Q1008264 História
“Mas não seria possível ensinar a História de modo neutro? A provável resposta à pergunta pode desdobrar-se em um sem-número de questões, tais como: ‘É possível ser neutro frente à violência da conquista da América?’; ‘É possível ser neutro frente ao trabalho escravo?’; ‘É possível ser neutro frente aos campos de extermínio nazistas?’; ‘É possível ser neutro frente ao bombardeio de Hiroshima e Nagasaki?’. Ora, é impossível trabalhar esses temas com a mesma isenção do professor que ensina a regência dos verbos, o que não significa que este professor e aqueles das demais disciplinas não tenham compromisso com a educação dos futuros cidadãos. A diferença é que ensinar História também significa comprometer-se com uma estética de mundo, onde guerras, massacres e outras formas de violência precisam ser tratados de modo crítico.”
(MICELI, Paulo. Uma pedagogia da História? In: PINSKY, Jaime. O Ensino de História e a criação do fato. 14º. Edição, São Paulo: Contexto, 2011, p.41).
Ao propor uma pedagogia da História, Paulo Miceli defende algumas posições abaixo. Identifique o item incorreto:
Alternativas

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Ao refletir sobre a pedagogia da História, Paulo Miceli aponta que é fundamental entender a relação entre o ensino e as visões críticas sobre eventos históricos marcados por violência e tragédia. Ele questiona a possibilidade de neutralidade diante de acontecimentos como a conquista da América, a escravidão, o Holocausto e os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, ressaltando que tais temas exigem um posicionamento crítico e não neutro do educador, diferentemente de temas menos polêmicos como a gramática da língua.

Ao analisarmos as alternativas propostas, identificamos que:

  • A alternativa A destaca a transformação do ensino de História com a superação da perspectiva nacionalista, trazendo à tona a pluralidade de temas e a necessidade de refletir sobre o propósito do ensino para os alunos.
  • Não menos importante, a alternativa B aponta para a importância de desenvolver nos alunos um senso histórico que possa contribuir para a sua atuação consciente no mundo, cabendo ao professor fornecer ferramentas para esse processo.
  • Já a alternativa C argumenta que o professor não deve ser um mero reprodutor das teorias acadêmicas, mas deve aplicá-las de acordo com sua compreensão e contexto da sala de aula.
  • Por outro lado, a alternativa D, que é a incorreta, sugere que Miceli defende a mitigação das experiências dos alunos devido a um suposto déficit de conhecimento, o que contrasta com a ênfase na valorização das vivências e sensibilidades dos alunos como parte do processo educativo.
  • Por fim, a alternativa E discute a importância do professor compreender os dois sentidos da História: como realidade e como estudo dessa realidade, contemplando aspectos como a cultura histórica e o trabalho do historiador.

Portanto, é essencial que o ensino de História esteja comprometido com uma visão crítica do mundo, onde eventos traumáticos são abordados de maneira reflexiva e construtiva, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis.

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Comentários

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Letra D

Questão teoricamente fácil; porém, o elaborador se utilizou de palavras pouco usual para enganar o candidato. O que ele quer dizer na letra D é que as experiências dos alunos devem ser amenizada, quer dizer, não as considera-las, pela falta de conhecimentos dos mesmo. Quando na verdade, a gente sabe, que devemos partir do conhecimento deles, pois não se pode construir novos conhecimentos do nada. Seria a ideia do que Vigotski já falava sobre as zonas proximais.

Miceli defende que as experiências dos alunos devam ser mitigadas em função do déficit de conhecimentos provenientes. Essa flexão deve ser aproveitada a partir dos conhecimentos e da sensibilidade que conformam a consciência do professor de História.

so errei porque nao sabia oque era a palavra MITIGADAS rsrs..

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