Uma das mais importantes funções da lógica contemporânea ...
I. Meu velho vizinho Eduardo afirmou ter visto um disco voador no seu quintal, porém sua formação educacional não passou da quarta série na escola e ele mal consegue ler ou escrever. O fato é que ele é completamente ignorante das pesquisas científicas sobre esse assunto, logo seu relato não pode ter qualquer fundamento na verdade.
II. O Marcus, notório machista, fez-me questão de mostrar estudos recentes nos quais pesquisadores afirmam que as mulheres têm uma intuição mais precisa em relação aos homens. A razão citada no estudo é que a intuição dos homens é frequentemente equivocada.
III. Aírton, você geralmente não toma as decisões corretas. O que é certo é o que é moralmente obrigatório. O que é moralmente obrigatório é o que você deve fazer. Então, você deve fazer algo porque é a coisa certa a fazer.
IV. Não me importa quais são seus argumentos; você está usando táticas do Mickey Mouse. Os argumentos que você dá são simplesmente baratos, cafonas e pertence ao senso comum.
Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta argumentos “ad hominen”.
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Gabarito comentado
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A alternativa correta é E - Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
Vamos abordar o tema central desta questão, que é a noção de falácias lógicas, em particular a falácia ad hominem. Esta falácia ocorre quando um argumento é desacreditado por atacar a pessoa que o apresenta, em vez de analisar seus méritos ou a lógica interna do argumento.
Agora, vamos analisar cada uma das afirmativas para entender por que a alternativa E é a correta:
I. Esta afirmativa é um exemplo de argumento ad hominem porque desacredita o relato de Eduardo com base em sua formação educacional e habilidades de leitura e escrita. Ao fazer isso, foca-se na pessoa e não no conteúdo do que foi dito – ou seja, se ele realmente viu um disco voador ou não.
II. Esta afirmativa não é um argumento ad hominem porque, apesar de mencionar que Marcus é um "notório machista", o foco está nos estudos que ele apresenta, e não exclusivamente em desacreditar Marcus por suas características pessoais.
III. Esta afirmativa não constitui um ad hominem. Trata-se de um raciocínio moral sobre o que seria certo fazer, sem atacar a pessoa de Aírton para desqualificar a linha de raciocínio.
IV. Este é um exemplo claro de argumento ad hominem. Em vez de enfrentar os argumentos apresentados, a resposta os descarta chamando-os de "baratos, cafonas" e "senso comum," sem uma análise crítica do conteúdo dos argumentos.
Assim, as afirmativas que constituem falácias ad hominem são I e IV, justificando a escolha da alternativa E.
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