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Q2202672 Filosofia
Já foi assinalada por diversos comentadores da obra de Camus suas relações com o pensamento de Sören Kierkegaard. Camus, também, foi influenciado pela filosofia existencialista, tornando-se mesmo, uma de suas possíveis vias. Portanto, podemos avaliar a influência do pensador dinamarquês sobre a construção dos personagens camusianos. Estes personagens estão envoltos numa atmosfera melancólica, que resulta da percepção que tinham das contradições e disparates que compõem a existência. São eivados de desespero, o qual Kierkegaard acredita ser a doença mortal do espírito. Considerando-se esses fatos e refletindo sobre a filosofia de Camus e Kierkegaard, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Segundo Camus e sua reflexão no livro “O mito de Sísifo”, devemos nos comprometer a viver apesar do absurdo da vida.
( ) Camus concorda com Kierkegaard que, uma vez que a existência é absurda e injusta, ninguém deveria depositar qualquer fé em Deus.
( ) Como o existencialista, a pessoa que encarna a liberdade perversa desafia os valores religiosos ou morais agindo de “má-fé”.
( ) Ser louco é ser perversamente livre.
( ) Ser livre para fazer algo pode significar estar livre de restrições que interferem na satisfação de um desejo ou ter a capacidade de alcançar algum fim desejado, ou talvez ambos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é a D.

Vamos analisar as afirmativas e entender o contexto filosófico que elas abordam.

1. (V) Segundo Camus e sua reflexão no livro “O mito de Sísifo”, devemos nos comprometer a viver apesar do absurdo da vida.
Esta afirmativa é verdadeira. Albert Camus, em sua obra "O Mito de Sísifo", discute o conceito do absurdo – a busca do sentido em um mundo desprovido de significado intrínseco. Camus argumenta que, mesmo reconhecendo o absurdo, devemos abraçar a vida e continuar vivendo com paixão e compromisso.

2. (F) Camus concorda com Kierkegaard que, uma vez que a existência é absurda e injusta, ninguém deveria depositar qualquer fé em Deus.
Esta afirmativa é falsa. Embora Camus e Kierkegaard lidem com questões de desespero e absurdo, suas conclusões sobre a fé são diferentes. Kierkegaard defendia um "salto de fé" para alcançar um relacionamento autêntico com Deus, enquanto Camus, como um existencialista ateu, não promovia a fé religiosa como solução.

3. (F) Como o existencialista, a pessoa que encarna a liberdade perversa desafia os valores religiosos ou morais agindo de “má-fé”.
Esta afirmativa é falsa. A ideia de “má-fé” é mais associada a Jean-Paul Sartre, outro existencialista, que a usou para descrever a autodecepção. Sartre argumenta que agimos de "má-fé" quando nos recusamos a aceitar a responsabilidade por nossa liberdade e escolhas. Assim, não é uma expressão de liberdade perversa.

4. (F) Ser louco é ser perversamente livre.
Esta afirmativa é falsa. A filosofia existencialista foca na liberdade e no absurdo, mas não equipara a loucura à liberdade. A liberdade envolve escolhas conscientes e responsabilidade, ao passo que a loucura é uma condição que escapa ao controle racional.

5. (V) Ser livre para fazer algo pode significar estar livre de restrições que interferem na satisfação de um desejo ou ter a capacidade de alcançar algum fim desejado, ou talvez ambos.
Esta afirmativa é verdadeira. Liberdade, no contexto existencialista, pode ser entendida como a ausência de restrições externas e também como a capacidade de realizar desejos e metas, implicando uma combinação de autonomia e competência.

Espero que esta explicação tenha ajudado a esclarecer suas dúvidas sobre o tema. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!

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