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Q941415 Português

    1. Sinto inveja dos contistas. Para mim, é mais fácil escrever um romance de 200 páginas que um conto de duas.

   2. Já se tentou explicar em fórmulas narrativas a diferença entre um conto, uma novela e um romance, mas o leitor, que não precisa de teoria, sabe exatamente o que é uma coisa ou outra assim que começa a ler; quando termina logo, é um conto. O critério do tamanho prossegue invencível.

    3. Para entender o gênero, criei arbitrariamente um ponto mínimo de partida, que considero o menor conto do mundo, uma síntese mortal de Dalton Trevisan: "Nunca me senti tão só, querida, como na tua companhia".

   4. Temos aí dois personagens, um diálogo implícito e uma intriga tensa que parece vir de longe e não acabar com o conto. Bem, por ser um gênero curto, o conto é também, por parecer fácil, uma perigosa porta aberta em que cabe tudo de cambulhada.

   5. Desde Machado de Assis, que colocou o gênero entre nós num patamar muito alto já no seu primeiro instante, a aparente facilidade do conto vem destroçando vocações.

  6. Além disso, há a maldição dos editores, refletindo uma suposta indiferença dos leitores: "conto não vende". Essa é uma questão comercial, não literária. Porque acabo de ler dois ótimos livros de contos que quebram qualquer preconceito eventual que se tenha contra o gênero.

  7. Os contos de A Cidade Dorme, de Luiz Ruffato, que já havia demonstrado ser um mestre da história curta no excelente Flores Artificiais, formam uma espécie de painel do "Brasil profundo", a gigantesca classe média pobre que luta para sobreviver, espremida em todo canto do país entre os sonhos e a violência.

  8. Em toda frase, sente-se o ouvido afinado da linguagem coloquial que transborda nossa cultura pelo arcaísmo de signos singelos: "Mas eu não queria ser torneiro-mecânico, queria mesmo era ser bancário, que nem o marido da minha professora, dona Aurora".

   9. O atávico país rural, com o seu inesgotável atraso, explode em todos os poros da cidade moderna.

  10. Já nos dez contos de Reserva Natural, de Rodrigo Lacerda, que se estruturam classicamente como "intrigas", na melhor herança machadiana, o mesmo Brasil se desdobra em planos individuais; e o signo forte de "reserva natural" perde seu limite geográfico para ganhar a tensão da condição humana.

11. Como diz o narrador do conto "Sempre assim", "é tudo uma engrenagem muito maior".


(Adaptado de: TEZZA, Cristovão Disponível em: www1.folha.uol.com.br

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Gab E

 

Conjunção Comparativas

 As conjunções são: como, (tal) qual, (menos) que ou do que, (mais) que ou do que, tal e qual, (tal) como, (tão ou tanto) como, (tanto) quanto, que nem, feito, assim como e o mesmo que.

 

Bons Estudos galerinha!!!

Alguém pode informar quais os erros das outras alternativas? Eu consegui acertar a questão por saber que tinham erros, mas não consegui identificar especificamente pq estava errada, então agradeceria muito se alguém tirasse essas dúvidas

Matheus Menezes, meu conhecimento não é muito grande mas acredito que minhas justificativas estão todas corretas.


b) Com a exclusão do verbo "tentar", o termo "se" funcionará como partícula apassivadora/pronome apassivador e por isso o verbo "explicar" deve concordar com o seu sujeito "a diferenca", ficando assim no singular.


c) O pronome "onde" só pode ser usado quando estiver relacionado a lugar. 


d) Em "apresenta-se" o termo "se" é partícula apassivadora/pronome apassivador e por isso o verbo "apresentar" deve concordar com "personagens". O correto seria "apresentam-se"


  b) Errada. Acredito que ficaria "explicou", e não no plural, como afirma a alternativa.

 c) Errada. Trocando por "onde" nao faria sentido nenhum, não iria parecer que está retomando o Machado de Assis.

 d) Errada. Ficaria correto se --> Na obra, apresentam-se dois personagens, um diálogo implícito e uma intriga tensa...  

 e) Certa. Que nem --> assim como --> como.. Todas tem sentido de comparação. Sem prejuízo do sentido original, a expressão “que nem”, no segmento que nem o marido da minha professora(8° parágrafo), pode ser substituída por “como”. 

 

Qualquer erro, podem comunicar. 

a) Os dois "que" são pronomes relativos. O primeiro retoma "contos"; o segundo, "preconceito eventual"

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