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Q2202679 Filosofia
As teses de Kant acerca da estética e da teleologia são apresentadas em sua “Crítica da faculdade do juízo” (Kritik der Urteilskraft). Na primeira parte dessa obra, Kant discute a experiência do juízo estético, em particular do belo e do sublime, e também a criação artística. O próprio Kant considera claramente que sua teoria estética é de importância central para a compreensão da chamada “faculdade de julgamento” em geral. Alguns comentaristas também se valeram da teoria estética de Kant para iluminar aspectos específicos das visões de Kant sobre a cognição. Refletindo sobre estas questões, podemos afirmar que, para Kant, o julgamento estético é:
Alternativas

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A alternativa correta é: D - universal.

Immanuel Kant, em sua obra Crítica da Faculdade do Juízo (Kritik der Urteilskraft), aborda de forma detalhada os conceitos de estética e teleologia. Ele discute a natureza do julgamento estético, que é central para entender a faculdade de julgamento em geral. Segundo Kant, o julgamento estético é uma forma de julgamento que não se baseia em conceitos, mas sim em sentimentos de prazer ou desprazer.

Para Kant, o julgamento estético, especialmente quando nos referimos ao "belo", tem uma pretensão de universalidade. Embora seja subjetivo, porque é baseado no sentimento de prazer, Kant argumenta que quando julgamos algo como belo, fazemos isso esperando que outras pessoas concordem com nosso julgamento. Ou seja, esse julgamento é subjetivo, mas com uma expectativa de validez universal. É isso que distingue um julgamento estético de um julgamento meramente pessoal.

Vamos analisar as alternativas:

D - universal: Esta é a alternativa correta. Kant considera que o julgamento estético, embora subjetivo, pretende uma validade universal. Isso significa que, ao julgar algo como belo, esperamos que outros compartilhem dessa mesma percepção.

A - individual: Embora o julgamento estético surja de uma experiência individual, Kant não o define como "individual" no sentido de ser meramente pessoal ou particular, sem uma pretensão de universalidade.

B - tem seu valor, o qual é definido pelo seu engajamento: Isso não reflete a concepção kantiana, uma vez que o valor do julgamento estético não é determinado por engajamento ou utilidade prática, mas sim por um sentimento de prazer desinteressado.

C - subjetivo: Esta descrição está parcialmente correta, mas incompleta. O julgamento estético é subjetivo, mas possui uma pretensão de universalidade, que é um elemento crucial na filosofia de Kant.

E - deve refletir a realidade: Este conceito está mais alinhado com julgamentos cognitivos, que buscam refletir a realidade. O julgamento estético, por outro lado, está relacionado ao prazer e não à representação da realidade.

Compreender a ideia de Kant sobre a estética nos ajuda a perceber a complexidade do julgamento humano, unindo aspectos subjetivos e uma expectativa de universalidade. Essa noção é essencial para o estudo da filosofia e da teoria do conhecimento.

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Comentários

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O juízo estético é subjetivo, já que se dá num sujeito, ainda que tenha pretensão universal. Questão confusa, deveria ser anulada.

É só ver que em outra questão aparece essa afirmativa: "O gosto, isto é, o juízo produzido a partir de uma experiência, é uma afirmação subjetiva, ainda que diante de um objeto reconhecido universalmente como belo."

Na questão apresentada, é discutido o conceito de juízo estético na filosofia de Kant, conforme exposto em sua obra "Crítica da Faculdade do Juízo". A resposta correta, segundo o texto da imagem, é que para Kant o julgamento estético é "universal".

Isso se baseia na ideia de Kant de que, embora o julgamento estético seja subjetivo (isto é, baseado na experiência individual de prazer ou desprazer), ele possui uma pretensão de universalidade. Quando fazemos um julgamento estético, como dizer que algo é belo, estamos implicitamente sugerindo que outras pessoas deveriam concordar com nossa avaliação, mesmo que não haja um critério objetivo que possamos apontar para justificar isso. Esta é uma das características distintivas do juízo estético kantiano: é subjetivo, mas aspira à universalidade.

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